sexta-feira, 18 de março de 2011

Título sério, post não-sério. Lamento imenso o que se passou no Japão e espero que o país recupere rapidamente.

Sentiram? Parecia um terramoto... "Tu também? Já estamos fartos de ouvir piadas sobre o Japão!". Ai, que estamos tão sensíveis! Já parecem os patrões dum comediante americano, que por fazer uma ou outra piada sobre o tremor de terra foi despedido. "O Japão é um país tão avançado, mas tão avançado, que as pessoas em vez de irem à praia, vem a praia ter com elas." é uma das coisas bonitas que ele disse. É ou não é uma frase bonita, poética até? Eu acho. É isso e o governo japonês dizer que não há motivos para alarme quando se refere a um desastre nuclear. Dizia o porta-voz dos peritos de olhos em bico que não vão haver contaminações graves, e que está tudo sob controlo, enquanto passava por trás dele um senhor com três olhos e um braço a nascer no queixo. "Isto não é igual ao desastre de Chernobyl", dizem os japoneses. Pois não, Chernobyl fica na Ucrânia e foi há mais de 20 anos. Ainda na semana passada estive a jogar paintball contra os mutantes que lá vivem escondidos. Até são simpáticos, quando não estão com os 23 olhos esbugalhados a olhar para nós ou quando nos metem as 7 mãos esquerdas no nosso ombro. Com o desastre no Japão, já vou ter outra cidade para jogar paintball. É porreiro, porque ainda não conheço o mapa nem os melhores esconderijos, vai dar-me mais gozo. Sou horrível, eu sei.
Sabem o que é que também é horrível? O facto de vocês serem sardinhas-almiscaradas-caspudas-pestanudas-do-Tibete. Mas já me estou a habituar. Aquilo a que não me consigo habituar e irrita-me solenemente (vá, ligeiramente) é quando num teste ou exame, alguém chama o professor e diz "Não percebo o que é que eles querem dizer com isto...". ELES? Três biqueiradas nas ventas era pouco. Desde que me lembro de ter aulas (e, curiosamente, é cerca de 90% da minha vida), havia sempre um marmanjo que perguntava "Professor, o que é que eles querem dizer com isto?". Dava-me vontade de me levantar e ir fumar um cigarro, mas como não fumo, ficava quieto no meu lugar a remoer. Será que não percebiam que quem fazia os testes eram os professores? O único teste em que a pergunta até poderia fazer sentido era num exame nacional, mas aí não eram permitidas perguntas ao professor vigilante. Quase que aposto que as bestas paralelipipedais que faziam a tal pergunta imaginavam um grupo de intelectuais gadelhudos e barbudos reunidos numa sala secreta a fazer os testes, ou então um grupo de mutantes de Chernobyl fechados numa cave a executar a mesma tarefa. Bom, visto que acabei de reservar o meu lugar no Inferno, vou espetar canetas de ponta fina nos olhos dos sobreviventes do tsunami do Japão, para ver se estão em choque ou não (em vez de usar o método clássico de apontar a lanterna para os olhos). Ok, agora é que vou mesmo para o Inferno.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Parabéns a você?

Deixem-me só acabar de esfolar este gato para cozinhá-lo para o chinês que está a viver debaixo da minha cama e já volto para vos chatear... Pronto, já está a assar no forno. O gato, não o chinês. "Porque é que tens um chinês debaixo da tua cama?" É fácil, porque a China é o 2º país do mundo com maior PIB (se não souberem o que é, vão ver às páginas amarelas, secção coiso) e calcula-se que dentro de alguns anos vai ultrapassar os EUA (se não souberem o que esta sigla significa, vou esfolar-vos os braços com o mesmo ralador de cenoura que usei para o gato e mergulhá-los em ácido de bateria. Sou mesmo uma besta). "E o que é que isso tem a ver com o facto do chinês viver debaixo da tua cama?" Vocês são mesmo desprovidos de inteligência... Então não se está mesmo a ver? A única explicação para o crescimento económico da China é que... eles cagam dinheiro! Então o que é que eu faço? Apanho os gatos e cães vadios na rua, cozinho-os, enfio pela goela abaixo do chinoca, espero 3 horas e dou-lhe laxante. Depois, é só pegar no cocó dele e ir vender à ourivesaria. "Ai que nojo, Tiago!" Calma, não é preciso ofender, eu tenho espelho e digo o mesmo todas as manhãs. Ah, estão a falar do facto de levar o coiso do chinês à ourivesaria... Seus morcegos com penas do Burundi, o cocó neste caso não é castanho e cheira mal, mas sim castanho, em forma rectangular, de um papel especial e com o número 50, que é a única nota que ele defeca.
Mudando de assunto, e para acabar o texto de hoje porque tenho o gato no forno, há pelo menos duas coisas que odeio no dia em que faço anos (que, já agora, é dia 30 de Fevereiro, para o caso de quererem dar-me uma prenda). Uma delas é que toda a gente me dá os parabéns, incluindo aquelas que nunca me falam e se estão a borrifar para mim nos outros 364 dias do ano. É muito irritante mesmo (não o facto de não me falarem, porque provavelmente estou a borrifar-me ainda mais para elas). A outra coisa que odeio é o momento de me cantarem os parabéns, quer seja em casa com a família, quer seja quando um amigo passado dos cornos grita "O quê Tiago? Fazes anos e não dizias nada a ninguém?" e toda a gente desata a cantar os parabéns. "As pessoas fazem isso porque gostam de ti, Tiago!" Calem-se, ainda não acabei. Chatos. Não é o acto de me cantarem os parabéns, mas sim o facto de eu não saber o que fazer quando me estão a cantar! Não sei se hei-de bater palmas ou pôr as mãos nos bolsos, se hei-de estar de pé ou sentado, se hei-de olhar para baixo ou para os focinhos das pessoas, se hei-de rir ou estar sério... Enfim, ainda bem que só faço anos uma vez por... ano. Bem, o forno já apitou, o chinês já gritou, a Heidi Klum já chamou... Vou ali e já venho, quando me apetecer. Beijinhos nos cocós... do meu chinês.

domingo, 6 de março de 2011

Afinal não está partida...

Ora muito bem, qual de vocês tem o Rui Pedro escondido em casa? (Não é aquele rapaz que desapareceu há 13 anos e só agora é que estão a começar a investigar a sério, tendo sido acusado de rapto o homem que toda a gente já sabia estar envolvido. Adoro a justiça portuguesa. é com letra maiúscula? Só se usa maiúsculas para coisas dignas de tal. Mas, neste caso, o Rui Pedro é um dos macacos do nariz que tinha no meu frasquinho. É um burrié bonito, pequenino, enrugado e com dois pêlos agarrados.) Vá, não se esqueçam de o procurar, ok? É tudo, obrigado. Até à próxima.
Não, estou a brincar.
Estava eu a passear o meu orangotango quando um primo dele chega-se ao pé de mim e diz: "Tiago, tu que és um deus, um fora de série, explica-me como é que pode haver pessoas tão burras sem o saberem." Eu dei-lhe um amendoim, afaguei-lhe o cabeção, e respondi com uma pergunta: "Oh Antunes, se não houvessem essas pessoas, como é que eu tinha temas para o meu blog?". "Ah, realmente está bem visto." Nisto aparece um animal com 99% do corpo coberto de pêlo e pergunta: "O que é um blog?" Dei-lhe uma lamparina no focinho e um amendoim para não chorar muito alto. Depois disso, pedi ao Antunes para me explicar porque é que estava tão irritado com a burrice das pessoas. Resumidamente, foi uma velhota que ia no autocarro a dizer mal de tudo o que lhe vinha à cabeça (Não, não era a minha versão feminina, porque senão era uma beldade.) A dizer não, a gritar. Começou por berrar "E estas urgências de hoje? Fui lá no outro dia e disseram-me 'Você tem a perna partida'. Afinal não estava partida, estava fracturada! Tive de lá passar a noite e deram-me banho naquelas malgas, que não tem jeito nenhum, a gente está lá expostas, né?" Hum, por acaso já parti ossos, mas também já fracturei. Nas radiografias, a diferença é que numa há uma espécie de falha que divide o osso numa determinada parte, enquanto que na outra há uma fissura que divide o osso numa determinada parte. A senhora tinha toda a razão em refilar. E não gostou de tomar banho no hospital... Quem me dera que me dessem banho todos os dias, nem que tivesse de pagar, e a senhora não gostou que o fizessem gratuitamente. Se tivesse a perna partida, até poderia custar um bocado, mas como só estava fracturada, não havia problema.
Depois, começou a dizer que o país estava muito mau (inguém tinha reparado, ainda bem que ela o mencionou) e que a gasolina aumentaram de repente. Pois, porque aumentaram de menos de 1 euro para quase o dobro, na passagem de Fevereiro para Março. "E parece que o gasóleo também aumentou! Não percebo isto!" Oh minha senhora, isso deve-se ao facto de a gasolina vir do petróleo, enquanto que o gasóleo vem do petróleo, por isso é que se um aumenta, o outro não tem obrigatoriamente de aumentar, porque não vêm da mesma matéria-prima. Percebeu? Óptimo.
Continuou a refilar, só que como tenho uma zebra no forno, vou abreviar a situação. Digo apenas mais uma frase épica da senhora: "Então fizeram agora estas estradas de bicicletas, para parecer bem. Deviam era alargar as estradas dos carros porque ninguém anda de bicicleta!" Exacto, pega-se num dos lados da estrada e puxa-se para tapar as "estradas para bicicletas". Bem, devia era ser atropelada por uma bicicleta com rodinhas pilotada por uma criança de 4 anos, para partir a perna desta vez.
Bem, vou ali dar mais uns amendoins ao primo do meu orangotango, que me contou esta história da velha. Beijinhos nas "estradas para bicicletas", ou então na perna fracturada.