Sentiram? Parecia um terramoto... "Tu também? Já estamos fartos de ouvir piadas sobre o Japão!". Ai, que estamos tão sensíveis! Já parecem os patrões dum comediante americano, que por fazer uma ou outra piada sobre o tremor de terra foi despedido. "O Japão é um país tão avançado, mas tão avançado, que as pessoas em vez de irem à praia, vem a praia ter com elas." é uma das coisas bonitas que ele disse. É ou não é uma frase bonita, poética até? Eu acho. É isso e o governo japonês dizer que não há motivos para alarme quando se refere a um desastre nuclear. Dizia o porta-voz dos peritos de olhos em bico que não vão haver contaminações graves, e que está tudo sob controlo, enquanto passava por trás dele um senhor com três olhos e um braço a nascer no queixo. "Isto não é igual ao desastre de Chernobyl", dizem os japoneses. Pois não, Chernobyl fica na Ucrânia e foi há mais de 20 anos. Ainda na semana passada estive a jogar paintball contra os mutantes que lá vivem escondidos. Até são simpáticos, quando não estão com os 23 olhos esbugalhados a olhar para nós ou quando nos metem as 7 mãos esquerdas no nosso ombro. Com o desastre no Japão, já vou ter outra cidade para jogar paintball. É porreiro, porque ainda não conheço o mapa nem os melhores esconderijos, vai dar-me mais gozo. Sou horrível, eu sei.
Sabem o que é que também é horrível? O facto de vocês serem sardinhas-almiscaradas-caspudas-pestanudas-do-Tibete. Mas já me estou a habituar. Aquilo a que não me consigo habituar e irrita-me solenemente (vá, ligeiramente) é quando num teste ou exame, alguém chama o professor e diz "Não percebo o que é que eles querem dizer com isto...". ELES? Três biqueiradas nas ventas era pouco. Desde que me lembro de ter aulas (e, curiosamente, é cerca de 90% da minha vida), havia sempre um marmanjo que perguntava "Professor, o que é que eles querem dizer com isto?". Dava-me vontade de me levantar e ir fumar um cigarro, mas como não fumo, ficava quieto no meu lugar a remoer. Será que não percebiam que quem fazia os testes eram os professores? O único teste em que a pergunta até poderia fazer sentido era num exame nacional, mas aí não eram permitidas perguntas ao professor vigilante. Quase que aposto que as bestas paralelipipedais que faziam a tal pergunta imaginavam um grupo de intelectuais gadelhudos e barbudos reunidos numa sala secreta a fazer os testes, ou então um grupo de mutantes de Chernobyl fechados numa cave a executar a mesma tarefa. Bom, visto que acabei de reservar o meu lugar no Inferno, vou espetar canetas de ponta fina nos olhos dos sobreviventes do tsunami do Japão, para ver se estão em choque ou não (em vez de usar o método clássico de apontar a lanterna para os olhos). Ok, agora é que vou mesmo para o Inferno.
Sabem o que é que também é horrível? O facto de vocês serem sardinhas-almiscaradas-caspudas-pestanudas-do-Tibete. Mas já me estou a habituar. Aquilo a que não me consigo habituar e irrita-me solenemente (vá, ligeiramente) é quando num teste ou exame, alguém chama o professor e diz "Não percebo o que é que eles querem dizer com isto...". ELES? Três biqueiradas nas ventas era pouco. Desde que me lembro de ter aulas (e, curiosamente, é cerca de 90% da minha vida), havia sempre um marmanjo que perguntava "Professor, o que é que eles querem dizer com isto?". Dava-me vontade de me levantar e ir fumar um cigarro, mas como não fumo, ficava quieto no meu lugar a remoer. Será que não percebiam que quem fazia os testes eram os professores? O único teste em que a pergunta até poderia fazer sentido era num exame nacional, mas aí não eram permitidas perguntas ao professor vigilante. Quase que aposto que as bestas paralelipipedais que faziam a tal pergunta imaginavam um grupo de intelectuais gadelhudos e barbudos reunidos numa sala secreta a fazer os testes, ou então um grupo de mutantes de Chernobyl fechados numa cave a executar a mesma tarefa. Bom, visto que acabei de reservar o meu lugar no Inferno, vou espetar canetas de ponta fina nos olhos dos sobreviventes do tsunami do Japão, para ver se estão em choque ou não (em vez de usar o método clássico de apontar a lanterna para os olhos). Ok, agora é que vou mesmo para o Inferno.