sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Homem-Aranha

Isto assim não pode continuar... Ou ficam vocês, ou fico eu. Vá, fiquem desse lado, que eu fico deste, e assim não nos chateamos. Não me queiram ver chateado, porque sou capaz de muita coisa, inclusive coçar o pé de atleta do vizinho do 5º esquerdo. O pobre coitado não consegue estar dois minutos sem tirar os sapatos e coçar o pé infectado. Na minha opinião, amputava-se o pé e resolvia-se o problema pela raiz. Está bem que o senhor não é uma árvore, mas até foi uma bonita analogia, não acham? Cortar a raiz, cortar o pé... Ok, peço desculpa, foi demasiado forçada. Bom, vamos ao que interessa, que a praia já me está a chamar. Quem é que se passa dos carretos com as pessoas que vão à nossa frente a passo de caracol-do-Burundi? Sinceramente, é sempre quando tenho mais pressa que Deus me coloca um velhote de mãos atrás das costas e uma velhota com aqueles sacos de compras com rodas e aos quadrados. Para ajudar à festa, o passeio é sempre apertado e metade está ocupado com carros, além de que um "Com licença" não serve de nada, visto que são surdos que nem uma porta. Querido Deus, eu ajudo a Unicef, ajudei uma pessoa cega durante 10 minutos, não bati na minha mulher este mês (vá, esta semana...), não bati na minha outra mulher ontem, não gozei com toda a gente que me passou à frente, e não dei arrotos muito altos na cantina. Será que podes dar-me uma mãozinha e, das duas, uma: ou deixas de pôr pessoas lentas à minha frente, ou então dás-me o poder do homem-aranha (o da Marvel, que para ser o homem-aranha-humano que escala os arranha-céus mais famosos do mundo teria de arrancar do meu cérebro a parte do bom-senso) e assim consigo ultrapassar eficazmente as lesmas com três pernas. Com algum treino, ainda consigo fanar as boinas dos velhotes para que apanhem frio na reluzente careca e andem mais depressa para chegarem a casa e meterem uma das restantes 345243 boinas que têm no cabide. Sim, que eu já reparei que um velho que se preze gasta a sua enorme reforma em boinas e faz questão de usar uma diferente todos os dias. Ou não. Se calhar são horas de ir ali e voltar apenas na próxima semana, não acham? Pois, eu também não. Vou ficar aqui a olhar para vocês, que hoje meteram aquele batom do cieiro que deixa os lábios com um tom entre laranja e rosa... Vá, como a maioria de vocês entra de férias no Domingo (a ressaca apaga Sábado da vossa memória), vou pescar uns robalos para o pequeno-almoço. Até lá, fiquem por acolá.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Mãe, compra-me aquela boneca!"

Olá meus queridos. Muitas saudades minhas? Eu sei, eu sei, é complicado estar tanto tempo sem mim. Quase tão difícil como levar com um tornado nas fuças, mas não há disso em Portugal, graças a Deus e à senhora Clementina que costuma apanhar o 36 para o Cais do Sodré. Mas, por muito que vos custe, mais depressa se reforma o senhor que vende cachecóis, guarda-chuvas e echarpes na Estação de Entrecampos do que vocês deixam de levar comigo. Por falar em levar, ainda agora começaram os anúncios de Natal e já estou farto. Porquê? Por várias razões, mas as principais são que já não tenho idade para pedir brinquedos à família, não tenho coragem para ir a uma loja comprar uma coisa que diga na caixa "Para crianças até 12 anos" e dizer que é para o meu primo pequenino sem me rir, e não aguento mais o marketing à volta de certos produtos. Não estão a perceber? Então metam mais alto, que percebem logo. Estava eu a ver os Morangos com Açúcar, série 453, quando foi intervalo. Em vez dos habituais anúncios do Joaquim a dizer à Mafalda que a dona Joana era a mãe da Beatriz e dos shampôos anti-caspa com o melhor jogador do mundo, vem a publicidade de uma boneca qualquer, estilo Barbie. "Compra já a tua boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou!", dizia uma voz feminina extremamente apelativa. Uns dias depois, no intervalo dos Morangos com Açúcar, série 897, a publicidade já era sobre um cão de brincar. Até aqui, tudo bem. Mas, no fim, a voz (não é a da Casa dos Segredos... Hum, tenho de fazer um post sobre isso! Ou não.) diz "compra já o cão-da-boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou!". Mau, temos conversa. Então os pais têm de comprar dois brinquedos porque nenhum deles faz sentido sozinho? Estou a ver que na próxima semana, no intervalo dos Morangos com Açúcar, série 1734, vai haver uma publicidade do namorado-da-boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou! E na semana seguinte, porque estão na moda as relações passageiras, ela acaba com o namorado e arranja o novo-namorado-da-boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou, querem ver? E já agora, como ela tem muito dinheiro de fingir, viaja até ao Brasil e descobre o primo-da-boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou-e-que-ela-não-fazia-ideia-que-existia, não? E mais tarde percebe que afinal são primos em quarto grau e, portanto, podem fazer bebés, havendo mais dois bonecos para comprar: os filhos-da-boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou-e-do-primo-em-quarto-grau-e-portanto-já-podem-fazer-bebés-da-boneca-cujo-nome-o-Tiago-não-decorou... E os pais das crianças a arrotar o dinheiro todo. Enfim, vou brincar com os meus Legos, que vocês são muito crescidos para brincar convosco. Beijinhos no nariz vermelho da rena preferida do Pai Natal.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Viva o calor!

Epa, que calor! Acabei de chegar da praia, passei a maioria do dia dentro de água porque não estava mesmo a aguentar as temperaturas altas. Deixem-me só ligar o ar condicionado para refrescar a casa e já venho falar com vocês, suas coisas feias. Estou de volta. Oh lá, esqueci-me de pôr as cervejas na arca para estarem fresquinhas, já volto. Agora fico aqui, definitivamente. Juro. Com o calor que está, não me dá vontade de fazer mais nada, fico meio morto. Digam-me, como é que aguentam este calor? Sim, que eu bem vejo essas faces rosadinhas e a transpiração a correr a partir da testa. O que é que estão a dizer? Digam mais alto, não vos consigo ouvir. Vá, agora com uma voz humana, que esse grunhido de boi-almiscarado não serve. Ah, assim está bem. Estão a dizer que está frio? Não acredito. Aconselho-vos a usar roupa fresca, a ingerir muitos líquidos e a evitar andar na rua entre as 12h e as 16h. O quê? Está frio 24 horas por dia? Vocês não vivem em Moçambique? Não? Então está tudo explicado, eu vivo. Está um calor de morte, não estão bem a ver. A sorte é que aí em Portugal as temperaturas são amenas, de certeza que estão a passar um fim de Outono bem agradável. Por falar em coisas agradáveis, daqui a uma hora vou a um funeral. Lá estou eu a meter-me convosco. Caso não tenham reparado, quando entro numa carruagem do metro, Deus aumenta-me instantaneamente de tamanho, ficando perto dos 2 metros. Até aqui, tudo bem, para além de a maioria das pessoas ficar a dar-me pelo peito. O problema é que estou sempre a bater com a cabeça nas pegas penduradas no tecto, e não só. Este "não só" deixo para darem largas à imaginação e mandarem as sugestões para casa do Jorge Jesus. No outro dia, quando preparava-me para sair na estação seguinte, levantei-me devagarinho e com muito cuidado para não bater com a cabeça numa das pegas. Ao fazer esse movimento lento, toda a carruagem ficou com os olhos mim, só para pôr pressão. O metro deu um solavanco e eu, pois claro, bati com a nuca numa outra pega. Envergonhado, tentei sair dali o mais depressa possível, mas acabei por dar outra cabeçada na pega que inicialmente estava a tentar evitar. Como é óbvio, todas as pessoas estavam a achar piada ao meu espectáculo deprimente, por isso, como despedida em grande, dei uma última cabeçada na porta. Aposto que houve uma salva de palmas, mas eu já ia a correr escadas abaixo, e como tal não ouvi. Bom, as cervejas já devem estar fresquinhas, portanto, vão lá beber os vossos chás quentes que eu vou apanhar banhos de sol. Beijinhos a todos os que merecem e cuidado com o gelo entre os dedos das mãos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Olha o avião lá em cima!

Para quem ainda não tenha reparado, eu estudo. Por incrível que pareça, já passei a 4ª classe, embora com alguma dificuldade, e tive acesso directo ao ensino superior. A minha Faculdade localiza-se ali ao pé da loja de coiso, como vocês sabem e, por acaso, relativamente perto do aeroporto. Portanto, três vezes quatro é quarenta e três, logo, os aviões passam muito perto das nossas cabeças. Mais perto da minha do que da vossa, porque ando com sapatos de salto alto e vocês andam de gatas, com a mania que têm graça. "E qual é o problema dos aviões passarem perto?" Para além de fazerem um barulho extremamente chato e de ter sido obrigado a deitar-me no chão a gritar pela mãezinha durante o primeiro mês do primeiro ano cada vez que passava um por cima de mim, nenhum. Só que no outro dia, quando estava a chamar os pavões com um grito bastante homossexual e despropositado enquanto fazia um graffiti do meu retrato dos tempos do Ultramar, lembrei-me duma coisa: para que é que servem tantas medidas de segurança nos aviões? "Seu burro, é para não haver atentados nem sequestros!" Ahm... Eu disse "nos aviões", não disse "nos aeroportos", suas aranhas de nove patas. Estou a falar dos coletes salva-vidas, das máscaras de oxigénio, das saídas de emergência... Para que é que serve tudo isto? Para além daquele caso em que o avião aterrou suavemente nas águas calmas e pouco profundas de um rio nos EUA, não me estou a lembrar de outras situações em que a queda da aeronave tenha corrido bem. "Senhores passageiros, dentro de quarenta segundos iremos despenhar-nos ou, em bom português, VAMOS MARRAR COM OS QUEIXOS NO CHÃO! Queiram fazer o obséquio de colocar os coletes salva-vidas, as máscaras de oxigénio e de decorar as saídas de emergência, porque assim que o avião se desfizer em mil bocados e meio, aposto que as ditas saídas vão estar em sítios diferentes." Pois. Já os coletes insufláveis servem para absorver o impacto da colisão, que, parecendo que não, servem de airbag, antes de os nossos órgãos internos ficarem feitos em papa cerelac. "Então e as máscaras de oxigénio?" Essa é fácil. Após a colisão, servem para respirarmos fundo, para nos recompormos do susto. Só precisamos de procurar o pulmão esquerdo que ficou pendurado numa árvore e o direito, que ficou debaixo do braço do senhor de bigode que viajava no lugar 2B da classe turística. Bem, tenho um voo para apanhar com a minha querida Alessandra Ambrosio, por isso, adeus. Beijos apenas às hospedeiras, as outras pessoas ficam a chuchar no dedo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vai um rebuçado?

Porque é que me aparecem nesses preparos? Nunca vos disseram que misturar quadrados com riscas fica mal? Estou tramado convosco, não têm qualquer noção de moda, estão mesmo desactualizados. Deixem-me só ir ali colocar o meu chapéu de côco no cabide e já volto a falar... Pronto, estou de volta. Esta era a parte em que eu começava a desenvolver um tema qualquer sem sentido, mas deu-me uma branca. Se calhar vou coçar as costas com um ralador de queijo enquanto me tento lembrar do que vos queria dizer... Ah, já me lembro! Ia eu no comboio super-chique da linha que uso todos os dias úteis e inúteis, quando se sentou à minha frente uma pessoa. "Uau! Quem diria que uma pessoa se sentaria à tua frente?" Engraçadinhos, havia de vos cair uma bigorna no pé direito, e enquanto o agarravam com dores, passava uma betoneira por cima do esquerdo. Bem, esse individuo tirou um rebuçado do bolso e desenrolou-o com os dentes. Ao ver aquilo, veio-me logo à cabeça uma pergunta: como é que se enrolam os rebuçados? Não respondam que são máquinas enormes, em fábricas gigantes, que enrolam dois milhões de rebuçados por segundo, porque assim não tem piada. Imaginemos, hipoteticamente (e hipopoticamente, que os bichos também têm direito), que é um desgraçado qualquer no Paquistão que embrulha rebuçados 16 horas por dia a troco de comida e de uma manta com 27 buracos. Pega no rebuçadinho, pega no papelinho, e faz um embrulho de maneira rápida e eficaz. Coitado, deve dar um trabalho desgraçado, e quando fica mal embrulhado tem de o desembrulhar com cuidado para não ficar tudo peganhento, porque no Paquistão o tempo é um bocadinho mais quente do que aqui. Enfim, tem uma vida de cão. Nós, da civilização, vamos ao super-mercado, compramos um pacote grande de rebuçados e comemos aquilo à bruta, sem repararmos nos embrulhos tão bem feitos e que tanto trabalho deram. Pegamos num rebuçado e cá vai disto, arrancamos o papel como o Governo nos arranca o dinheiro. Ah pa, quase que conseguia fazer um post inteiro sem falar mal dos políticos. Mas, vendo bem, não disse nada de difamatório, só relembrei que qualquer dia temos de pagar para trabalhar. "Porque é que gostas tanto de falar mal do Governo?" Eu não gosto de falar mal apenas do Governo, mas sim de toda a gente. Como não vale a pena referir que esse nariz parece uma picareta e essas orelhas são diferentes uma da outra, falo mal de outras coisas. Bem, vou indo, que o taxista já está à minha espera. Adeus, e cuidado com as pessoas que andam à vossa frente a apontar perigosamente o guarda-chuva às vossas partes privadas.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Olha ali, não é uma coluna andante?

Olá! Estão bons? Então ponham-se a milhas, que eu não sou virado. Olá! Estão boas? Isso é que é preciso. Adoro falar com vocês, suas fofas. Com os indivíduos do sexo masculino falo apenas por obrigação, mas com vocês falo com todo o gosto... a troco dos vossos números de telemóvel. Estou a brincar. Ou não. Fiquem na dúvida. "Oh Tiago, desembucha!" Nem estou embuchado, mas está bem, vocês mandam. Estava eu no comboio da melhor linha do mundo, a Linha de Sintra, quando passa por mim uma coluna andante. Não, não era uma coluna de pedra igual àquelas do Templo de Diana, em Évora, que essas não conseguem ser tão enfeitadas como a que eu vi. "Então o que é que tu viste?" Ena, vocês conseguem ser mesmo chatos... Os meninos, claro. As meninas nunca são chatas... desde que sejam giras e me forneçam os contactos telefónicos. Enfim, o que passou por mim foi um jovem nos seus 17 ou 18 anos com o telemóvel a tocar algo parecido com o som de um bezerro a ir contra uma amendoeira, sem se importar com quem estava na carruagem. Eu sei que todos vocês estão habituados a estas personagens, mas eu, como de costume, tenho a minha teoria. As colunas andantes, quando vão comprar os seus telemóveis, têm direito a um desconto especial de 10%. Sabem porquê? Claro que não, tenho sempre de explicar tudo, suas gazelas do Nepal. Esse desconto deve-se ao facto do vendedor retirar de imediato os auscultadores ou, para os mais modernos, phones, quando vê que o comprador é uma coluna andante. Assim, todos os domingos faz um ordenado extra sem descontos a vender os phones dos telemóveis das colunas andantes na feira do relógio. Simples e eficaz. Os vendedores de hoje em dia devem ganhar muito bem para não andarem de transportes públicos, porque se andassem passavam a fazer o desconto de 10% às colunas andantes para elas não se esquecerem de usar os phones e assim as pessoas andariam mais sossegadas. É ou não é uma boa ideia? vamos juntar-nos e obrigar a Vodafone e a TMN a forçar a inclusão dos phones nos telemóveis das colunas andantes? (A Optimus não vale a pena, porque ninguém usa. Só conheço uma pessoa que se aventurou nisso e neste momento está internada no Júlio de Matos. Não, estou a meter-me convosco... Fugiu há duas semanas de lá.) Onde é que eu ia? Ah, certo! Vamos juntar-nos e obrigar a coiso e tal? Hum, agora não me apetece, estou com um pico no pé. Vou pedir à Adriana Lima que mo tire, já que acabou de chegar do desfile da Victoria Secret's e acho que já chega de andar sem fazer nada. Beijinhos nos phones e cuidado com as colunas andantes, está bem?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mesmo no focinho!

Olha a castanha assada! Compre uma dúzia, freguês! Ah, estão aí. Olá coisinhas fofas. E olá, coisinhas feias, não me esqueço de vocês só porque não devem muito à beleza. Como é que vai isso? Por aqui vai-se andando, fui à quinta do tio Jaquim esta tarde a ver se conseguia roubar uns porcos para fazer uma assada, mas os bichos estavam a fazer o amor, por isso decidi deixá-los lá no roça-roça e não interromper. Dizem que os porcos quando são interrompidos no coiso-e-tal ficam bastante mal-humorados, podendo inclusive mandar-nos dar uma volta ao bilhar grande. Bom, falando do que interessa, pelo menos a alguns, ou a ninguém, não faz diferença porque vou dizer na mesma, vi há uns dias, enquanto estava no intervalo da Casa dos Segredos, uma notícia na SIC que me deixou, digamos, a matutar. Passo a citar: "os cortes do Estado nos subsídios estão a ter reflexos na taxa de natalidade. Apesar de entrarem apenas hoje [dia 1 de Novembro] em vigor, a verdade é que a taxa de natalidade tem vindo a diminuir."
Antes que comecem a refilar, que é o que vocês fazem de melhor, eu estava meio alterado por causa do copo de leite que tinha bebido, portanto posso estar a dizer uma ou outra palavra de maneira diferente, mas o conteúdo da notícia era mais ou menos esse. Ora bem, vamos lá ver se eu percebi: a redução das ajudas financeiras vindas do Estado está a reduzir o número de nascimentos? Acredito, até faz sentido. Mas... se os cortes em questão entraram em vigor a 1 de Novembro deste ano, e a notícia foi grunhida no mesmo dia, como é que a taxa de natalidade foi afectada? Ou os senhores da SIC pensam que as pessoas se reproduzem por mitose, ou então eu tenho andado enganado estes anos todos. Que é feito dos 9 meses de gravidez? Salta-se esse tempo todo, porque a crise obriga a tal? E, se as crianças nascem no próprio dia em que são geradas e já não há tantos subsídios, como é que os pais vão pagar as fraldas e as papas? Se é reprodução por mitose, a mãe não produz leite, por isso tem de comprar comida para a criança. Como não há dinheiro, pega-se em sacos de serapilheira, daqueles que já picam e tudo, e faz-se fraldas. Para dar de comer, vai-se à feira de Montemor-o-Novo e compra-se fardos de palha para um mês, para ter desconto. Ai SIC, SIC, isto mais parecia uma noticia TVI, daquelas mesmo engraçadas. Outra coisa engraçada aconteceu esta semana com a minha pessoa. No treino de futebol, ao dar uns toques consegui, por ser um grande craque, acertar em cheio na minha própria fronha. Não foi simplesmente a bola a bater na cara, foi mesmo um tiro de caçadeira vindo do meu próprio pé e que me acertou mesmo nas ventas, ali mesmo no focinho. Assim que o meteoro me acertou, fechei o olho esquerdo, mas com o direito vi uma pequena coisa brilhante a cair. Adivinhem lá o que era... Não, não era a Sininho. Era a minha lente de contacto, a bola conseguiu fazer uma força de sucção suficiente para me arrancar a lente do olho que, curiosamente, teima em não sair quando a quero tirar. Estão-se a rir de quê? Há tanta gente que usa lentes de contacto, não é preciso estarem a gozar comigo! Parem lá com isso! Vocês são horríveis.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De cor de rosa?

Lá estão vocês a espreitar o que eu ando a fazer. Não vos tinha dito que isso é extremamente irritante? Pois, também não me lembro. Não interessa. O que interessa é que vocês gostam muito de mim, eu gosto muito de vocês, e somos todos muito amigos. Aliás, aquilo que sinto por vocês é tão forte que me dá vontade de ir à Lua e... ficar por lá, só para não ter de vos aturar. Não, estou a brincar. Também não vos adoro... Vá, sinto uma ligeira amizade, pode ser que com o tempo dê para dizermos "olá" quando nos encontrarmos numa feira de gado. Hoje de manhã é que encontrei uma personagem saída daqueles filmes de comédia clássicos. "Ah, viste-te ao espelho?" Estamos tão engraçados hoje, não estamos? Vejam lá se não cai o dentinho com a piadola, suas lesmas quadradas com crista. Pois bem, a coisa que vi hoje de manhã era tão engraçada que me deixei atropelar pelo autocarro da Carris que passava nesse momento. Era um indíviduo, portanto, negro, na casa dos 50, com aspecto cuidado, ou seja, não tinha remelas como vocês e, muito importante, tinha um ar são. "Então o que é que tinha de tão engraçado?" Bom, visto que ele não ia nu, o que seria também bastante engraçado porque estava um vendaval desgraçado e assim poderia haver arremesso do peso contra os carros... Ok, não caindo na conversa de cariz sexual, vou descrever a indumentária do bicho: um belo gorro colocado estrategicamente acima da linha das orelhas, para aquecer apenas o cucoruto, uns chinelos de pêlo (mais pareciam umas pantufas sem calcanhar), umas meias do Tweety por cima das calças do pijama aos quadrados, para não entrar frio, uma camisa de pijama toda janota e, para terminar em beleza, um robe rosa-choque. O mais estranho é que o homem ia todo confiante a descer a avenida, tendo apenas hesitado uns momentos quando um grupo de jovens pediu para tirar uma foto com ele. Mudando radicalmente de assunto, alguém sabe quem era o senhor do robe rosa? Queria um autógrafo... Vá, agora a sério, mudando de tema, estava eu no outro dia a olhar para o tecto sem nada para fazer, já que não passava ninguém na rua para eu fazer tiro ao alvo com a minha caçadeira nova, e lembrei-me de ver um episódio de uma das minhas séries preferidas. Abro a pasta, quero dizer, a caixa, que eu não saco nada, sou contra a pirataria, e, para grande espanto meu, reparo que o episódio que ia ver era em 3d! Ganda pinta man! Depois de 5 segundos de euforia, lembrei-me que o meu ecrã não era 3d, nem tinha óculos para tal. Ainda experimentei usar aqueles que nos "dão" no cinema para filmes 3d, mas não funcionou. Resultado: 41 minutos a ver as coisas com sombras dos dois lados e uma dor de cabeça descomunal. Até aqui, tudo bem. O grande melão veio quando voltei a abrir a pasta, digo, a caixa de dvd's, e reparei que ao lado do episódio em 3d estava o mesmo episódio em formato "normal". Espectáculo. Tomei uns comprimidos e dormi 4 dias e 21 horas, só para passar a dor de cabeça. Bom, é melhor ir andando, que não tenho nada para fazer e aposto que vocês também não. Beijinhos no relógio de pulso. Se não tiverem, levam um estaladão que até vos saltam os dentes do siso.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olha a castanha assada!

Ora vamos lá a saber, quem é que arrotou? Está-me a cheirar a chouriço, portanto não digam que não vos cheira a nada. Ah, e também não vale a pena dizerem que não comeram chouriço mas sim bife, porque o arroto sai igual. Eu sei, bela maneira de começar a nossa conversa. Bastante romântica. Vocês também aparecem-me com um sapato de cada nação e eu não me queixo, só me pescoço. Que piada tão fraquita, deve ser dos tempos de crise. Sou mesmo bom a introduzir os temas dos textos porque, falando em crise, vou dissertar acerca de maquilhagem de morcegos. Não, estou a brincar convosco. Ia eu no outro dia, aquele antes do dia em que três de vocês pisaram cocó de cão, a passear o meu grilo de estimação, quando passei por um vendedor de castanhas. Não é que o tempo estivesse muito propício para as comprar, mas diz que este ano a castanha veio mais cedo por causa dos ventos solares e tal, de maneira que é assim. Já me perdi. Ah, já me encontrei. O dito vendedor tinha uma placa com os preços. Não sei como vos contar isto... Bem, tenho de ser forte, tenho de conseguir... A placa continha duas frases. A primeira era " Meia-dúzia: 1 euro". Até aqui, tudo bem, esquecendo a parte em que está a pedir 200 paus por 6 castanhas. Contando que uma tem bicho, duas estão cruas e uma outra cai ao chão, sai a 100 escudos cada uma. Adiante. A segunda frase era " 1 dúzia..." e tentem adivinhar o preço. Será que o desconto, por ser maior quantidade, é muito grande, tipo "1 dúzia: 1,5 euros?" ou 1,75? O que acham? Nada disso, nada disso. "1 dúzia: 2 euros". A SÉRIO? Então se eu quiser duas dúzias, quanto é que será? O melhor é perguntar ao homem, porque não faço ideia de quanto poderá ser. É mesmo à Zé da tasca, dá vontade de ir lá e perguntar "Quanto custam duas dúzias? E três? E quatro? E vinte e sete e três quartos, menos raiz de nove, tudo a dividir por dois?" Faz lembrar um restaurante em Setúbal, por volta das 12h o dono escreveu no placard "Há chocos". Ao fim de duas horas, em vez de apagar a frase e remover o placard, acrescentou uma palavra e ficou "Não há chocos". Realmente, ainda bem que avisou mas esqueceu-se de informar que também não havia bife de boi almiscarado nem ranho de bode da Sibéria. Que coisinhas inteligentes, têm um QI equivalente ao de uma pedra do Burundi, mas daquelas mesmo, mesmo, mesmo ignorantes. Por falar em gente burra, vou ver o Sócrates a discursar. Adeus, e até um dia destes, desde que não voltem a aparecer com esse penteado.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quem diz é quem é!

Olá! Estão fixes? Ou vão para Peniches? Bolas, isto não funciona no plural, está visto. Como têm passado? Vá, um de cada vez. A menina de gabardina, pode começar... Ok, pode-se calar, não quero saber como está. Ah pois, sou mesmo mau e vou arder no inferno. Desde que tenha comida e alojamento gratuito, acho que até vou viver melhor do que neste país, se o fogo em que me colocarem não for muito quente e der para proteger com creme de factor 20. Mais do que isso não, porque a partir do 25 fica difícil de espalhar. "Oh Tiago, vais dizer alguma coisa de jeito?" Suas aranhas de três patas do Burundi, eu nunca digo nada que seja sério ou faça sentido. Como tal, dou-vos 3 segundos para se porem na alheta. Um... Dois... Dois e meio... Dois e três quartos... Dois e noventa... Dois e noventa e um... Vá lá, fiquem, que eu gosto muito de vocês. Quase tanto como da minha unha encravada no pé esquerdo. Por falar em unha encravada, eu sempre fui daqueles amigos que se esqueciam dos aniversários dos outros. "Tiago, o Bonifácio faz anos amanhã!", e o Tiago passava o dia seguinte com o dito rapaz e só se lembrava que fazia anos quando alguém dizia "Parabéns Bonifácio! Então, muitas prendinhas?" Pois é, vivi bastantes anos assim, sendo um mau amigo. Mas houve um génio que inventou algo que resolveu esse meu problema: inventou a máquina a vapor. Lá estou eu a meter-me convosco. Agora a sério: inventou o alfabeto. Não, agora a sério, juro. "Quem mais jura mais mente!" Quem diz é quem é! "Espelho!" Cavalinho branco para toda a vida! "Cavalinho branco para toda a vida vezes infinito!" Cavalinho branco para toda a vida vezes infinitos mil! Ah pois é, ganhei! Vamos recompor-nos, sim? Voltando ao assunto, a invenção que resolveu o meu problema foi o Facebook. Surpreendidos? Se não fosse esta rede social, eu continuaria a esquecer-me dos aniversários. Basta olhar para a coluna da direita e ler "Aniversários: Asdrúbal" e pronto, o Tiago dá os parabéns e faz boa figura. Sou o maior!... Não sou? Pronto, está bem, sou assim-assim. Então vou-me embora, que hoje vou estar com a Heidi Klum em Belém e com a Adriana Lima no Estoril, ao mesmo tempo. Talvez dê um salto até Portimão e vá ter com a Alessandra Ambrósio. Sim, eu sei, devia ser mais selectivo com as mulheres, mas estas conquistaram-me com as suas maneiras de ser. Adeus e beijos às raparigas que estão a usar sapatos amarelos. Todas as outras pessoas, levam um bacalhau do Pingo-doce, e já vão com sorte.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Suas bichas!

Olha, olha, quem é vivo sempre aparece! Sim, vocês! Estive a semana toda à espera que me viessem arranjar o esquentador, e a única visita que recebi foi a de uma senhora profeta de Jeová. Não era bem o que eu tinha em mente, tenho de confessar. Também não tinha em mente viver num país em que o Imposto sobre o Valor Acrescentado (a irmã do Ivo) fosse praticamente um quarto do valor inicial. Faz lembrar os tempos da Máfia italiana, em que 1/4 dos ganhos dos comerciantes era para a Família. Não é bem a mesma coisa, mas vocês percebem. Se não percebem, acabem lá de beber essa caneca de café frio que eu espero. Já está? Não? Não quero saber, vou prosseguir com a missa. Não é que no domingo passado, depois de andar a saltar de canal em canal (não em Veneza, mas sim na televisão), reparei que me tinha esquecido de ver o Lado B, do grande, literalmente, Bruno Nogueira? Já não fui a tempo de ver a mulher mais sexy de Portugal, Odete Santos, a ser entrevistada, mas infelizmente apanhei a partir da parte em que... Até tenho vergonha de dizer isto... Comecei a ver no momento em que o/a Castelo-Branco entrou no estúdio. Não podia ter feito uma entrada como as pessoas fazem? Tinha de alçar da perna e usar o ferro da decoração do corredor que vai dar ao sofá como se fosse um varão dum bar de strip? E aquela roupa? E aqueles sapatos? E aquele chicote? E aquele cabelo? Não posso dizer que é um homem, mas também não posso dizer que é uma mulher. Está ali no meio, como quem vai para Leiria. Até a Odete Santos, que já está habituada a aberrações, ia fugindo com belos e subtis movimentos de nádegas, até que completou os 10 metros de comprimento do sofá e lá ficou, olhando para o lado oposto, tentando ao máximo não ouvir a voz do bicho. Ou da bicha? Que confusão. Por falar em confusão, ontem entrei na Assembleia da República e desatei à bofetada a tudo o que me aparecia à frente e... Não, estou a brincar. Mas qualquer dia lá terei de o fazer, só para verem quem é que manda aqui... no blog. Mudando de assunto... Estava eu a ver os Morangos com Açúcar, 34534ª temporada, quando chegou o intervalo e deixei de suster a respiração. A dada altura, dá um anúncio que envolvia gramáticas e o Toyota IQ. Resumidamente, vou relatar o conteúdo da publicidade: "se comprares uma gramática do 9º ou 12ºano, podes ir de Toytota IQ para a escola!" Hum... Está bem que o carro em questão é tão pequeno que até pode ser confundido com um mata-velhos, que dispensa a posse de carta de condução, mas... é impressão minha ou isto é mais um incentivo para os alunos não estudarem? "Filho, este ano quero que chumbes outra vez para ganhares o carro!" É que um aluno de 18 anos no 9º ano não é muito normal. (Digo eu, que entrei na faculdade com 17 anos, mas isso é porque sou um prodígio. Ou então não, apenas faço anos em Novembro e nunca chumbei.) A sorte dele é que nunca seria gozado pelos colegas, porque, apesar do carro ser feio e estúpido, só um atrasado mental, como o Castelo-Branco, é que ia gozar com ele, porque os outros teriam medo de levar uns chapadões nas ventas. Antes de ir ter com a Heidi Klum, que já me espera na banheira de hidromassagens, tenho uma pergunta para vocês, seus camelos do Pólo Norte: se numa discoteca, o dj mete o disco a tocar, quer dizer que o disco toca, não é? Então, se o disco toca, porque é que se chama discoteca em vez de discotoca? Pensem nisso e mandem-me as respostas por pombo-correio, que tenho vinte gatos no quintal para lhes limpar o sebo. Até lá, que por cá já não se pode estar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Não sei o que dizer.

Já não vos tinha dito para não se vestirem assim quando sabem que vou falar convosco? Vão lá trocar de roupa enquanto eu vou fazer chichi sentado. Estão-se a rir? Pelo menos assim tenho a certeza que não falho o alvo e não pinto as paredes. Sejam honestos, quem é que não faz chichi sentado de manhã? Quando estamos com aquela moca de sono tão grande que vamos em piloto-automático até à casa de banho, só um atirador das forças especiais é que tem pontaria suficiente. Vá, não sejam tímidos, quem o faz que ponha a mão no ar. Ahm... As meninas que levantaram, podem baixar, por razões óbvias. Não me digam que quiseram avisar que fazem sentadas porque pensavam que havia moças que fizessem em pé, numa posição de aranhiço acrobático? É capaz de haver, mas essas entram em coma alcoólico logo a seguir. Bom, pelo que vejo, já mudaram de roupa, por isso vamos ao que interessa. Hoje apetece-me falar de algo bastante sério: a abertura do rolo de papel higiénico. Não se riam, não estou a brincar. Quero dizer, mais ou menos, porque eu nunca falo muito a sério. Enfim, é um processo que pode parecer simples à primeira vista mas, na verdade, não é. Ok, talvez só não seja para mim, que tenho sete dedos em cada uma das três mãos e metade deles assemelham-se a cabeças de cachalotes. Quando puxo a ponta que está de fora, ou fico apenas com um pedacinho de papel na mão, ou então rasgo metade da sua largura, o que faz com que vá desenrolando mal, chegando a uma altura em que metade do rolo está uns centímetros mais abaixo do que a outra. É ridículo, eu sei, mas o poster do Justin Bieber que têm na parede do vosso quarto, ao lado da bandeira dos Tokio Hotel, também é ridículo e eu não gozo. Vá, gozo só um bocadinho, mas é quando não estão a ver. "Ai Tiago, és tão mau!" Não sou mau, sou horrível. "Oh, vai dar ao mesmo! Cada pessoa tem a liberdade de gostar do que quiser e ninguém tem nada a ver com isso!" Está bem, é verdade, e eu agradeço às pessoas que têm gostos diferentes dos meus por existirem, porque sem elas eu não teria com quem gozar e, como tal, não teria trabalho. Bem, também não vou exagerar, que isto não é um trabalho. Dá muito trabalho, é verdade, mas como não sou pago, não é considerado um emprego. Ainda bem, porque assim não desconto para a Segurança Social por fazer algo que gosto. Pumba, mato dois coelhos com uma cajadada! Ora bolas, porque é que "cajadada" faz-me sempre lembrar "queijada"? Agora fiquei com fome e com vontade de ir a Sintra. "Então vai, e não voltes tão cedo!" Só por causa dessa, não vou. Nem tem a ver com o facto de não serem horas para ir passear pela Serra, ou de ter acabado de comer. É mesmo porque vocês têm a mania que são engraçados. Até podem ter uma cara que faz rir a Manuela Ferreira Leite, mas isso é diferente. Tenho uma pergunta para vos fazer: Sabem como é que se fala durante uns minutos sem ter absolutamente nada para dizer? Pois, eu também não. Bom, tenho de ir fazer chichi sentado, até depois do dia que vem antes de coiso.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

E a mega-festa do caloiro?

Quem for caloiro que ponha a mão no ar. Hum... Agora, quem não for, que ponha a mão no ar. Pois, bem me parecia, nem uma coisa nem outra, estou a falar para o boneco. E para algumas bonecas, espero eu. Já agora, estou disponível à sexta-feira à tarde e o meu número é... Não, estou a brincar. Por falar em brincadeira, não sentem o cheiro a caloiros no ar? Quero dizer, não é só o cheiro, há também as pinturas faciais, os cabelos estragados por água, farinha, ovos e outras misturas agradáveis, a lama com roupa, quero dizer, a roupa com lama e, principalmente, as vestimentas extremas. "Hã?" Vocês são mesmo lentinhos... Não me digam que não viram nenhum caloiro vestido de mulher, ou com a cabeça enfeitada com coroas de flores? Claro que não, vocês são daquelas pessoas que quando vêem uma desgraça olham para o lado, porque desmaiam com sangue. Ou então andam vestidos ridiculamente mal e pensam que os pobres coitados estão a seguir a vossa onda. Ainda no outro dia vi um rapaz que tinha mais cores no vestuário do que o palhaço que entrava nos meus pesadelos quando tinha 5 anos. Agora tenho pesadelos com alguns de vocês, porque quando Deus distribuiu a beleza, vossas excelências deviam estar a jogar mini-golfe na sub-cave. Bom, voltando ao tema da conversa, o rapaz que eu vi tinha umas leggins rosa-choque, uns boxers roxos, um top amarelo e maquilhagem bastante bem conseguida para um travesti. "Ah, e o que é que tem? Eu ando assim na rua!" Pois, bem me pareceu. Só sei que, ao longe, parecia uma menina bastante jeitosa. Mudando para um assunto bem mais sério, vamos falar dos anúncios do Wall Street Institute. "O que é que têm? Devem ser uma grande seca." Por acaso, até não são. Não querem pensar melhor? Quase que aposto metade do meu boi-almiscarado de estimação em como já viram os anúncios mas não repararam que eram do instituto de inglês. Então não viram os cartazes com o grande Zézé Camarinha a mandar para o ar as suas dicas de engate? "You give in the looks" quando tenta dizer à moça que dá nas vistas, que é bastante arrumada visualmente. Bem mais do que vocês, seus escaravelhos do Nepal. Por falar em bichos, outra das frases é "You are walking at the spiders", em que o objectivo do vosso ídolo é dizer que a moça está algo perdida, ou confusa. Mas neste caso é fácil, o Zézé leva-a para casa, só para evitar que ela se perca. A terceira frase, e última das que me lembro, é a minha preferida. Hum, em vez de a dizer já, vou fazer ao contrário. Como é que diriam, em inglês, "põe-te a pau"? Oh diabo, um de cada vez, senão é uma confusão. Sim, exactamente, todas essas hipóteses seriam correctas. Mas, segundo o coiso, é "put yourself on the stick". Sim, isso mesmo, "put yourself on the stick". É impressão minha ou o Zézé mostra logo as suas intenções com apenas uma frase? O certo é que com este tipo de inglês, se é que se pode chamar isso, o senhor divertiu-se bastante ao longo dos Verões. Sim, que ele só estava activo durante o Verão, porque a partir de Setembro enrolava-se como um esquilo com frio e hibernava até Junho. "Tu é que podias hibernar de Setembro a Junho que não se notava diferença nenhuma." Muito obrigado pela parte que me toca, suas coisas feias. Mas eu faço-vos a vontade, vou hibernar... até à próxima semana. Desejo-vos uma semana cheia de nada, quer em termos de coiso, como em termos daquilo. Beijinhos aos meninos, apertos de mão às meninas e uma cabeçada nas ventas aos hermafroditas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ui ui ui, cheira tão mal! Mas a mamã comprou o novo brise toque e fresh casa de banho!

Bom dia a quem está de azul, boa tarde a quem está de branco, boa noite a quem está todo nu. Vá lá, vistam qualquer coisa, que sinto-me intimidado com os vossos atributos físicos. Ou não. Por falar em físicos, o prémio Nobel da Física... Não, estou a meter-me com vocês. Aliás, só com os que estão vestidos, que com os outros não quero qualquer tipo de interacção. Estava eu no outro dia, aquele dia em que não choveu, a passear a Adriana Lima com o meu cão, quero dizer, a passear o meu cão com a Adriana, quando veio à baila, apesar de não termos ido para o baile que havia na Junta de Freguesia, a guerra do Iraque. Para quem não sabe, foi declarado recentemente o fim da guerra do Iraque. O senhor Obama, que nada teve a ver com as decisões idiotas do Senhor Arbusto, vai iniciar a retirada das tropas americanas do território Iraquiano o mais rápido possível. Bom, isto na minha terra, que fica ali entre a Guarda e o Algarve, significa rendição. Um país que se diz todo poderoso, que ganha a qualquer país ou grupo que tente fazer frente, e coiso e tal, afinal mostra-se fraquinho. Ou será que o interesse desta guerra seria apenas fazer dinheiro? Sim, porque o Iraque é bastante rico em matérias-primas, não é só em bombas artesanais. Só podia ser esse o objectivo dos EUA, porque invadir um país do Médio-Oriente, deitar abaixo o regime de Saddam (que entretanto foi encontrado e mais tarde executado. Podia ter sofrido um pouco mais, tal como fazia aos seus presos. Olha, hoje o parêntesis apareceu mórbido. O Saddam devia ter sido torturado, pelas torturas que também fez e mandou fazer, da seguinte forma: a cada dia cortava-se um dedo e metia-se sal grosso na ferida, porque quando não havia frigoríficos era assim que se conservava a comida. Ao fim de 20 dias, porque ele devia ter uns 20 dedos no total, passava-se para os braços e pernas. Por fim, largava-se o tronco numa piscina, a ver se ele conseguia nadar. Já vi atletas dos Parolímpicos nessas condições a nadarem mais rápido do que eu, por isso o senhor ditador também deveria conseguir. Bem, hora de fechar.), quando não têm nada a ver com o que um líder de um país faz (se alguma entidade se deveria meter, seria a ONU), perder não sei quantos soldados em emboscadas e atentados, e acabar por abandonar o território, não parece ser o típico objectivo de uma guerra.O tio Asdrúbal da tasca lá de cima andava sempre a citar esta famosa frase: "O único objectivo da guerra é a paz". Hum, curioso. É impressão minha, ou passou a haver mais mortes no Iraque quando os EUA tomaram conta do recado? Pois, bem me parecia. "Oh Tiago, já chega de falar mal dos EUA! Sem eles, não poderias ver o Step Up 2 em 3D!" Têm toda a razão, eu já fui vê-lo ao cinema 37 vezes, e peço sempre uns óculos novos em cada sessão para dar mais dinheiro aos produtores do filme. Mudando de assunto, vamos lá a saber: as meninas e os meninos leitores lavam-se? Não uns aos outros! Hum, estou a ver. Quase todos tomam banhinho, menos aquele rapaz de camisola às riscas e calções aos quadrados. E usam sabão, não é? Claro que não, já ninguém usa. Agora há mil tipos de gel de banho, com todos os cheiros possíveis e imaginários, já para não falar nos 7 champôs que as meninas usam para cada lavagem. Pois é, o que vos queria dizer é que, e não vai fazer grande efeito porque não o usam, o sabão costumava ser feito com... gordura de porco. Não falo dos sabões mais recentes, mas no tempo em que se usava monóculos ainda havia sabão feito directamente da banha do porco. Agora eu pergunto: quem é que no seu perfeito juízo se lembrou de experimentar usar gordura de porco? Estou mesmo a imaginar, deve ter sido um matador de porcos que, com as mãos sujas de sangue, pensou "Bem, tenho as mãos sujas, deixa cá esfregá-las com a banha do porco, a ver se ficam limpinhas." Doentio. Para acabar, quero perguntar-vos uma coisa. Antes disso, outra pergunta: já viram o anuncio do brise toque e fresh, não já? Aquele em que o miúdo leva a turma inteira para a sua casa só para poderem, enfim, ficar sentados a olhar os azulejos. Se eu seguir o exemplo dele, já que conseguiu levar também as miúdas giras da turma, chegar ao pé duma rapariga num bar, ou numa discoteca, e disser "Tenho brise toque e fresh. Queres fazer cocó na minha casa?", consigo ter sucesso? Hum? Alguém aí? Não me digam que me abandonaram...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O chili vem do Chile?

Hoje não há "olá" para ninguém, porque estou chateado. Não gosto que façam coisas nas minhas costas (a não ser que me comprem um Ferrari, isso já não me importo nada. Eh lecas, hoje vieste cedo, caro amigo. Infelizmente, vou ter de te fechar, ou então processo-te. Sim, porque a justiça neste país evoluiu um bocadinho. Porquê? Porque as grandes figuras públicas envolvidas no escândalo Casa Pia foram finalmente condenadas. Foi algo que ninguém neste país esperava, muito menos suas excelências. O pior é que vão recorrer e conseguir penas suspensas, mas também vão passar a andar de suspensórios porque ninguém lhes vai dar trabalho e não vão ter nada para comer. Bom, se calhar não é bem assim, mas vocês percebem o que quero dizer. Ou se calhar não, porque nem eu estou a perceber). "O que é que fizeram nas tuas costas, lindo?" Mau, vão pedir qualquer coisa. Então não é que os mineiros chilenos já estavam presos ao pé do Saramago há três semanas quando eu soube do sucedido? O que é que as autoridades locais pensavam? Que se eu soubesse do acidente no próprio dia, bebia um redbull, voava até lá, comia uma feijoada, sentava-me à chinês e abria um buraco de 700 metros de profundidade com os meus ventos biológicos? Não me parece, porque as latas de redbull que tinha cá em casa acabaram quando vi os jogos da Selecção, tendo adormecido na mesma, não as ia comprar na bomba de gasolina porque saem muito caras e não me apetecia ir ao Continente. Já agora, outra coisa que me faz confusão é que a largura do buraco que estão a pensar fazer corresponde ao diâmetro da perna esquerda de um dos mineiros. Tenho impressão que o senhor só vai sair de lá em 2012, quando cair um meteorito lá perto e alargar o buraco. Por falar em acabar o mundo, saiu há pouco tempo uma notícia que falava do aumento de preços para as pessoas acabarem com as suas vidas. "Hã?" "Hã" faz o burro de manhã, já dizia a minha professora de Inglês no 5º ano. Os preços para tratar da papelada dos casamentos aumentaram consideravelmente, o que dá ainda mais vontade de dispensar uma festa de 300 convidados em que uma metade acaba com altas bebedeiras e temos de cumprimentar a outra metade sem fazer ideia de quem são. E se eu vos disser que os papéis para o divórcio aumentaram 200%? Quando estiverem a pensar casar, e agora vou só falar para as senhoras, das duas, uma: ou arranjam um velho rico que já esteja em estado terminal, ou então não casem, porque vão estar a ajudar a pagar os Mercedes dos ministros. Falando em política, o que acham de eu concorrer a Presidente da República? Não, estou a brincar. Quem não anda a brincar é o Hitelhérre, Sarkosy. "O que é Hitelhérre?" Suas centopeias coxas, é "Hitler" dito por um francês. Ah pois é, apesar de eu não ser nem de extrema direita, nem de extrema esquerda, nem de extremo sul, sou mais ali para o Norte, como quem vai para Olso, acho que o senhor francês não está a agir correctamente. Se os ciganos tinham de sair do país, não seria deitá-los fora como vocês despejam o lixo quando a vossa mãe vos obriga a tal, porque já se sabe como é a comunicação anti-social, quero dizer, social. O assunto já é delicado em si, e com a ajuda dos media, não deve faltar muito até um maluco qualquer se lembrar de colocar chumbo na cabecinha do Nicolas. Até dá vontade de fazer uma frase dos pacotes de açúcar: Um dia vão-te fazer a folha. Bom, é melhor ir andando, porque está a dar o Big Brother dos mineiros e parece que vão jogar Playsation. Beijos às bonitas, as feias que peçam aos pais. E reparem que eles fecham os olhos só para não ver a vossa feiura. Ena pá, acabei de inventar esta.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Isto não é zapping, é za...zzz...ping!

Quem está farto dos anúncios da Meo, com os Gato Fedorento, que ponha a mão no ar. Ena, tantos? Baixem lá uns quantos, senão vou ter de arranjar um patrocínio da Rexona. Pois é, estava eu a ver as Tardes da Júlia quando foi intervalo e deu o novo anúncio dos moços. Sinceramente, como é que um grupo tão bom acaba a fazer anúncios chatos? É que, apesar do Ricardo Araújo Pereira ter sempre piada, nem que seja a dormir, os anúncios em si são insípidos. Aposto que quando chegam a casa e os filhos dizem "Pai, mete na Disney! Toma, aqui tens o comando Meo!", cada um deles dá uma lambada aos seus rebentos com um ângulo e direcção próprios. "Oh Tiago, deixa de ser tão horrível." Não posso, já repararam no título deste blog? É o que dá tê-lo aberto num dia em que não tinha tomado a medicação para a esquizofrenia. Eu sou um grande fã dos Gato Fedorento desde os tempos em que davam na Sic Radical e eu via no youtube, porque era mais "fixe" ver na internet com a imagem aos quadrados e o som tão atrasado como os comboios da Linha de Sintra em hora de ponta. Quando passaram para horário nobre, fiquei extremamente entusiasmado. Não tanto como quando escrevo os textos que vocês lêem quando estão de cuecas e camisola de alças à trolha, mas muito entusiasmado. Dava altas gargalhadas quando imitavam figuras públicas, quando faziam de velhos, quando faziam sketches sem sentido... Adriana, limpa-me a lágrima de nostalgia, por favor. Obrigado, podes continuar a dormitar no meu colo. Mais tarde, ainda em horário nobre, fizeram um programa de entrevistas aos políticos que melhor sabem mentir, quero dizer, aos políticos mais importantes do país. Para ser franco, porque se fosse franca queria dizer que tinha uma bela tranca, não achei grande piada. Foi uma boa ideia para um programa, mas não para ser apresentado pelo melhor grupo de comédia português. Agora já só os conseguimos ver nos intervalos dos nossos programas preferidos, como os Morangos com Açúcar e o Preço Certo, nos grandes e elaborados anúncios da Meo. Se os cenários e as fatiotas fazem lembrar as roupas do Goucha, as falas também não são muito melhores, são daquelas que nem o Miguel Sousa Tavares consegue criticar, de tão básicas e parvas que são. Faço um apelo. Aliás, dois. Pensando bem, até são três, mas um deles faço por carta ao Pai Natal, já não falta assim tanto para Dezembro. Os dois que sobram são interdependentes, isto é (para os mais jumentos, explico melhor. E vou já fechar, que não me pagam para mais.), se o primeiro corresponder ao que, de facto, acontece, o segundo deixa de fazer sentido. E vice-versa, que vocês dão para os dois lados. Ora cá vem o primeiro, que é o que eu mais acredito ser verdade: senhores doutores donos das estações de televisão, de que é que estão à espera para contratar este grupo que dispensa apresentações? Tiram do ar certos programas que nem vale a pena referir os nomes e metam os grandes Gato Fedorento no pequeno ecrã, mas sem ser em anúncios tão parvos como eu. O segundo apelo, que acredito que nem valha a pena referir, é que os Gato Fedorento não se acomodem aos ganhos dos programas anteriores e das publicidades, que se unam ainda mais e voltem em grande! Bem, já viram que horas são? Lá está, cada um vê umas horas diferentes, porque não há duas pessoas a ler isto ao mesmo tempo. Vou só passear a minha iguana até ao jardim, a ver se faz cocó. Beijinhos no botão "Menu" do comando da Meo.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Comando na mão, carrega no botão!

Desculpem lá, mas não têm vergonha? Já não tenho direito à minha privacidade? Estou eu descansadinho no meu sofá e a fazer festinhas ao meu caracol de estimação e vocês aí a espreitar, parecem as velhas da minha rua à janela. Não! Não se vão embora! Fiquem aqui comigo, que o caracol já adormeceu e a Heidi Klum está a fazer o jantar. Bom, vamos falar de algo que todos gostaram de ver. E não digam que não viam, porque é mentira. Toda a gente, de uma certa geração, viu. Não estou a falar dos Morangos com Açúcar, parem de me atirar pedras da calçada à cabeça. Mas, vendo bem, dava no canal em que essa comédia passa actualmente. Querem que desembuche? Está bem, hoje como estou bem disposto, não refilo. Lembram-se do Batatoon? Claro que se lembram, nem faziam os trabalhos de casa de matemática só para verem o programa. Era apresentado pelo Batatinha e pelo Companhia, mas a certa altura o segundo espetou umas batatas no primeiro e foi fazer companhia ao Zé da esquina. Mas antes de haver a separação, o programa tinha audiências esmagadoras. Uma das coisas que mais me fazia confusão era quando mandavam o presente para casa da criança que participava no concurso pelo telefone. Como é que era possível enviar algo a partir de uma câmara de filmar até nossa casa? A principio diziam que recebíamos pela televisão, mas a partir de uma certa altura já era pelo vídeo. E quem não tivesse vídeo? Tinha de ir levantar aos correios, querem ver? Era só o que faltava! Ria-me a bandeiras despregadas e entornava o meu leite com chocolate quando o Batatinha perguntava "Então Asdrúbal, já recebeste o presente aí em casa?" e a criança respondia com aquela voz aguda e inocente "Ainda não...". O senhor palhaço insistia "Ah, e agora?", o que fazia a criança ainda mais triste por pensar que tinha de deitar fora a televisão, já que devia estar estragada por não receber o presente. Agora que estou a pensar, para além de segurar o bolo enquanto se cantava "Os parabéns" na versão do Batatoon (ainda hoje essa música assombra-me nos piores pesadelos... "Bolo e laranjada, muitos doces para ti! É o teu aniversário, vamos festejar, os amigos estão aqui! Mil felicidades e amor no coração..." Boa, agora fiquei com ela na cabeça. O que me safa é que vocês também ficaram a cantarolá-la e vão andar assim até ao resto da semana. Querem que feche? Hoje estou um coração-mole, vou fazer o que me pedem.), não me lembro de ver o Companhia a fazer mais nada... Ah, também se punha no meio das crianças que estavam a assistir. Hum, cá para mim foi por isso que deu na tromba ao Batatinha, ele não o deixou... com a filha dele... Estão a ver? Bem, isto já sou eu a entrar nas suposições. Também suponho que 90% das pessoas que lêem este blog vestem mal de cara e não ando para aí a dizer a toda a gente. Só digo à Heidi e à Adriana. Não, agora a sério, o que interessa é o interior das pessoas, não a beleza exterior. Exacto. E uma pessoa feia por fora mas bela por dentro, com o passar do tempo torna-se linda. Claro, estou mesmo a imaginar apaixonar-me pela Maya. Por falar em Maya, já me cheira a costeletas de porco assadas, está na hora de ir jantar. Beijos na espécie de parafuso que o Companhia tinha na cabeça.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mão direita é penalty!

Estava eu a jantar com a Manuela Ferreira Leite, quando de repente comecei a sentir-me mal. Não percebi bem o porquê, mas deve ter sido uma alergia à comida. Vim-me logo embora, depois de pagar a conta, porque a dita senhora é mesmo muito poupadinha. Mas quando tocou a comer, pediu um bitoque inteirinho, a marota. Hoje acordei e, depois de ir ao banco pedir um empréstimo para cobrir os gastos da noite, tive de pedir desculpas à Heidi Klum por não ter ido jantar com ela. Quem me disse para o fazer foi a Adriana Lima, que está comigo neste momento, a afagar os meus longos e loiros caracóis. Oh burra, tira-me o cabelo dos olhos, que assim não vejo aquela moça que está a arranjar as sobrancelhas enquanto lê isto. Assim está melhor, já tens direito ao almoço que vou mandar vir do Restaurante do Manel. "Oh Tiago, pára lá de empatar e diz qualquer coisa de jeito!" Pronto, vocês é que mandam: sou uma dádiva de Deus. E então quando estou calado, sou mesmo engraçado. Sou daquelas pessoas que quando morrer, vai estar tudo a rir e a comer rissóis no meu funeral. Se forem convidados, façam-me só um favor: não comam chamuças, porque depois vou a cheirar a fritos para a cova. Por falar em cova, outro dia deu na TVI uma reportagem sobre adolescentes na noite. "Epa, só agora é que falas disso? A reportagem já deu há bastante tempo!" Desculpem lá, é que a minha televisão é a pedal e só me apetece pedalar uma vez por semana. A primeira coisa que me veio à cabeça foi: "Os pais destas crianças não têm a noção das coisas?". Posso estar a parecer antiquado, mas miúdos e miúdas de 13 anos a afogarem-se no seu próprio vómito não é algo muito normal. Entre eles, quem não beber 247 shots e não estiver sempre de cigarro na mão é posto de parte. No meu tempo, como se eu fosse muito velho, os rapazes que não sabiam jogar à bola e as raparigas que tinham buço é que eram postas de parte, mas enfim. O mais engraçado é o que vem a seguir, que divide-se em duas hipóteses: ou os pais vêm buscá-los, ou vão de transportes para casa. A primeira hipótese, estranhamente, não culmina em chapadas na tromba dos meninos devido ao estado lastimável em que se encontram. Pior do que eles só o Jorge Palma num dia normal. A outra hipótese ramifica-se em vários fins possíveis, todos eles bastante engraçados. Mais engraçados do que eu, curiosamente (mas também não é difícil. Já se estavam a perguntar se hoje não abria nenhum, não estavam? Vocês refilam mas não passam sem o belo do parêntesis estúpido e desnecessário. Hoje fechamos mais cedo). Ou esperam que o coma alcoólico passe para poderem apanhar o táxi/comboio/boleia de um oportunista que lhes quer apenas e só fazer festinhas e não quer violar/raptar/tirar órgãos, ou vão de ambulância até ao hospital mais próximo, para fazer uma lavagem ao estômago. Os pais dos miúdos é que devem ter levado uma lavagem cérebro, para serem tão burrinhos. "Ai Tiago, estás mesmo um velho careta!" Desculpem lá, é que o meu mais velho começou a sair à noite e sou eu quem o vai buscar, e como tal vejo certas coisas. Bom, vou encomendar o almoço, que a Adriana portou-se bem. Beijinhos nos copos de shots.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Olhó que chove!

Esperem só um bocadinho que estou a ajudar um senhor a estacionar. Pode vir, pode vir, pode vir, pode vir, pode vir, pode vir ver a porcaria que acabou de fazer. Bom, olá a todos meus queridos e estimados leitores! Ena, tanta emoção por me verem. Vá, desliguem lá a televisão. E não façam essa cara, ainda agora estavam a dizer "Bolas, não dá nada de jeito." Estava eu a comer uma ratazana assada na tasca do Ti Zé enquanto bebia baba de morcego do Cazaquistão, quando fui raptado por aliens. Não, estou a brincar, isto já é a baba de morcego a falar mais alto. Como não tinha nada para fazer, visto que a Adriana Lima tinha ido à casa de banho (e para despir as cuecas demora cerca de 5 minutos e 42 segundos. É o que dá ter 3.47m de pernas. Pois é, abri outro. Qualquer dia tenho um centro comercial só de parêntesis, com tantos que abro. Em tempo de crise, as empresas fecham mas eu abro parêntesis. Ora bolas, a ASAE fechou-me este.), pus-me a ouvir a conversa dos velhos e velhas que me rodeavam. "Já viu Geromilda, os dias estão a ficar mais pequenos!" Não, haviam de ficar iguais só para elas. Aposto que todos os anos dizem isso como se fosse uma novidade. E também houve uma que disse "Já viu como anda o tempo? Tanto calor e de repente vem um dia de chuva! Está tudo maluco, o tempo no meu tempo não era assim!" Sim, esqueçamos o "tempo no meu tempo", nem vou dizer nada sobre esse atentado. Este dinossauro não deve conhecer o processo de evaporação, para ele só chove quando há humidade no sótão da casa que ele tem em Trás-os-Montes-às-Costas. Bem que podia, depois de fazer o seu cocó, limpar-se a uma folha de lixa. "Ai Tiago, és mesmo mau!" Pois sou, eu sei. Não se metam comigo, senão não vos faço absolutamente nada. "Ai Tiago, andas mesmo fraquinho de piadas." Até parece que alguma vez fui forte a ter piada. Mas forte é a nossa justiça, que apanha pedófilos e solta-os logo a seguir. Ao contrário do que podem pensar, eu fazia o mesmo, porque na prisão eles eram logo mortos, e isso não tinha piada. O que eu fazia era, antes de os soltar, usava-os para misseis anti-aéreos. Pegava num de cada vez, vocês tiravam-lhe as calças (não, havia de ser eu a despi-lo, querem ver...), punha-lhe os testículos num cepo duma das poucas árvores que arderam este ano, colocava um míssil na sua boca, apontava a cabeça para o médio-oriente e dava-lhe com um maço mesmo nos coisos. Depois já o podia soltar, duvido é que ele conseguisse falar com uma voz mais grossa do que a do guarda-redes Ricardo. Por falar em guarda-redes... Esqueçam lá, ia sair uma piada fácil. Ele que vá aquecer um lugar na tribuna VIP que é o melhor que vai conseguir na carreira. Bem, a Adriana já fez chichi, por isso despeço-me de vocês, menos das duas meninas que estão a fazer crochet enquanto lêem isto.

sábado, 21 de agosto de 2010

7 thins I hate about you!

Estava eu a esfolar o coelho que atropelei para fazer um belo coelhinho no forno, quando reparei que não tinha sal grosso. Quem sou eu sem sal? Ninguém. Quem sou eu com sal? Ninguém. Saí de casa e arranquei na minha lambreta em direcção à mercearia do senhor Manuel para comprar uma saca de 20 kg, porque eu gasto bastante sal. Quem é que eu encontrei? A Jaquina, aquela minha prima-tia-avó afastada que tem uma verruga no bigode e é manca de um braço. Não é dos dois porque perdeu o outro num acidente com uma cegonha. Lá tive de fugir dela na minha potente lambreta, juntamente com a saca de 20 kg. Parecendo que não, o peso conjunto da saca e da minha bela pessoa ainda perfazia uns 30 kg. Consegui chegar a casa, meti 1 kg de sal no tabuleiro, juntamente com o coelho, só para dar sabor, (O coelho é que ia dar sabor ao sal, entenda-se. Oh meu Deus, que parêntesis tão bem metido! Olha o gajo, estás bom? A família, vai bem? Aposto que os rebentos já estão enormes, e que o mais velho já tem voz de homem e barba! O quê? Tens de ir? Está bem então, prazer em ver-te!), e fui ver televisão. Estava no Disney Channel. "Tiago, porque é que estava a dar Disney Channel? Não vives sozinho?" Não, vivo com a Heidi Klum nos dias pares e com a Adriana Lima nos ímpares. Como hoje era dia par, está a bela loirinha cá em casa, por isso foi ela que deixou no Disney Channel enquanto foi buscar o óleo para me fazer uma massagem na omoplata esquerda. E o que é que estava a dar no Disney Channel? Hanna Montana! Sim, a rapariga até canta bem, é engraçadinha, mas não passa disso. Mudei aleatoriamente de canal e calhou num de música. "O que é que estava a dar?, perguntam vocês... Mais alto, só ouvi a moça que está a comer uma barra fitness chocolate. Ah, assim está melhor, já fiquei surdo do ouvido esquerdo. Bom, estava a dar o concerto de uma mulher ruiva, bem jeitosa por sinal, bastante bonita, e com menos roupa do que o meu coelho esfolado. Fiquei a olhar para o ecrã, já que não tinha mais nada para fazer e a Heidi sabe mesmo como fazer boas massagens. E outras coisas boas. Passar a ferro e essas coisas, estão a pensar o quê? Vamos lá a ver se temos o burro nas couves. Quando acabou a música, apareceu em rodapé "Miley Cyrus". Mau. Essa não é a mesma que faz de Hanna Montana? "É!", respondem vocês. Eu sei, era uma pergunta retórica, seus caracóis com pêlos. Então quer dizer, aquela moça que irritava todos os adultos que queriam ver notícias ou a novela e tinham de gramar com Disney Channel é a mesma que agora faz os pais perguntarem "Oh filha, não queres que o pai vá contigo ao concerto dela? É que ainda és pequenina e aquilo pode ser perigoso."? Não é que a moçoila está feita numa bela mulher? Além disso, tem talento, não é só beleza. Pode não ser muito inteligente, mas também não se pode exigir muito de uma cidadã americana, já é bom não se esquecer das letras. O que é certo é que hoje em dia toda a gente vê a Miley Cyrus: os pequeninos vêem a Hanna Montana, as adolescentes vêem os concertos e ouvem as músicas da Miley Cyrus, os adolescentes e os homens vêem os videoclips e os concertos, nem que seja sem som, e as mulheres vêem o que quer que seja, desde que não esteja na hora da novela. "Ai Tiago, és mesmo machista!" Não, não sou, por alguma razão as novelas dão em horário nobre. Não estão a ver porquê? Então olhem para a vossa direita. Agora que fizeram figura de atadinhos, eu digo-vos. A razão é que as novelas são, a seguir aos telejornais e aos jogos de futebol, os programas televisivos com mais audiências no nosso país. Se tenho algum fundamento para dizer isto? Não, só espero que não esteja a meter a pata na poça. Por falar em pata, vou ver do coelho que usei para temperar o sal, que já deve estar quase pronto, e acabou-se o óleo à Heidi. Beijinhos no comando da televisão.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BMW: Pelo prazer de conduzir.

Sim, guarda isso aí. Não, na prateleira de cima. Gente burra é assim, já não se arranja escravos como antigamente. Comprei este no chinês e não vale grande coisa. Ao fim da primeira semana tive de mudar as pilhas e soldar dois fios ao pé do pâncreas. Ficou um cheiro a porco queimado que não se podia, deu-me uma fome dos diabos e fui logo fazer uma sandes de courato com milho e alho francês. Ora bem, vamos lá ao tema de hoje, que não tenho a vossa vida. Sim, que vocês acordam ao meio dia, comem pizza do dia anterior, vão para a praia, voltam com um escaldão porque protector é para nabos, encomendam duas pizzas, comem só uma, vão para o café à hora do costume, e acabam por ir para o bairro alto, que aquilo bate todos os dias e é bué de baril. Não sabem é como voltam, porque adormecem na calçada e acordam na vossa cama sem roupa interior. Hum, sinistro. Bom, continuando, ou melhor, começando. Estava eu muito descansadinho a voltar da reunião secreta para tomar posse da Junta de Freguesia da Chamusca de Cima à Direita, juntamente com dois membros do clube, quando as duas aventesmas se lembram de regar as plantas. Eu, que tenho a mania que sou mais esperto que o Marcelo Rebelo de Sousa aos sábados à tarde, decidi continuar a minha caminhada e eles que corressem quando acabassem a rega. Ao virar a esquina, deparo-me com um bmw preto de vidros fumados ,parado, com matricula inglesa. Pensei que fosse o Ramires com um amigo, mas depois lembrei-me que o rapaz não conduz, porque vai a correr até onde precisar. Ao atravessar a rua, ligaram o carro e vieram na minha direcção. Avisei os outros de maneira discreta, conseguindo não acordar dois velhinhos que moram na ponta oposta do bairro, e voltei para o outro lado da estrada. Decidimos andar um bocadinho mais rápido, porque estava a ficar frio e ainda apanhávamos uma constipação com o vento nas costas. O carro deu a volta e veio atrás de nós, sempre em marcha lenta. Quando parávamos para atar os sapatos ou para comer folhas dos pinheiros (dizem que faz bem aos dentes e ao hálito. Achavam que não ia abrir um parêntesis? Eu sou um homem de palavra, duvidosa, mas pronto, é o que se arranja. Tenho calor na barriga e frio no resto do corpo. Preciso que o meu escravo do chinês me segure o portátil longe do corpo e que me aqueça os pés com paninhos quentes. É bom que tenha quatro braços, senão corto-lhe uma orelha para a sandes do lanche da manhã. Estamos fechados para balanço.), o carro também parava. Quando fugíamos de uma traça, eles também aceleravam. Por fim, decidimos, por telepatia, fazer uma corrida de velocidade até casa, e o carro também quis. Ainda conseguiu entrar no estacionamento, mas depois desistiu por falta de espaço de manobra, enquanto nós entrávamos no prédio e eu abria a porta de casa a tremer, por causa do café que tinha bebido há três semanas atrás. E foi assim o meu serão, normalíssimo. A única coisa estranha foi uma folha de uma árvore que me pareceu olhar de maneira esquisita, cá para mim queria raptar-me e tirar-me os órgãos para tráfico. Bom, beijinhos no pâncreas, se não forem escravos do chinês. Se forem, tenham cuidado com o fusível que está no dedo grande do pé esquerdo, que mais dia, menos dia, vai dar o berro. No chinês do Martim Moniz arranjam isso por 3 euros.

domingo, 15 de agosto de 2010

Lisboa menina e moça, menina!

Estava eu a tomar o meu pequeno almoço do costume, uns belos testículos de boi-almiscarado polvilhados com caspa de morcego da Mongólia, quando me lembrei da noite anterior. "Não venhas com conversas menos próprias ou sobre bebedeiras!" Vocês não perdoam, ainda nem comecei a aparvalhar e já me estão a bater. Nada disso, ontem à noite fui vender cachorros quentes para a baixa, e apareceu a ASAE. Ou deverei dizer a PIDE? Não, agora a sério, fui andar de bicicleta, descer aquelas belas escadas todas polidas e íngremes que quase me levavam ao céu (não em termos de prazer sexual, mas sim porque ia caindo de forma grave e aí iria falar com Deus na mesma mesa. Olha que giro, um parêntesis! "Oh Tiago, já enjoas com os parêntesis!" Também vocês já enjoam com o cheiro a fritos e eu não me queixo, sim? Pronto, só por causa disso hoje fecho mais cedo.), ficando toda a gente a olhar. Havia três tipos de gente a olhar: os que admiravam o grupo de ciclistas a descer as escadas a alta velocidade, os que olhavam para as bicicletas e pensavam numa maneira de as roubar, e os bêbedos, que olhavam para nós mas nem nos viam. Pelo meio, fizemos algumas paragens, onde confraternizámos com pessoas (acho que lhes posso chamar isso), no mínimo, estranhas. Um homem de bigode e camisa aberta até meio, com uma bebedeira maior do que a do Jorge Palma ao fim da noite, perguntou se estávamos a andar de mota pelas escadas. A nossa sorte foi que os sorrisos que esboçámos ficaram tapados pelos capacetes, porque senão a faca de talhante que ele tinha na mão para tratar das bifanas ia ter alguma utilidade. Também tive uma experiência de conversa com uma coisa que nunca tinha visto na vida: um rapaz na casa dos 20 anos com trissomia 21... bêbedo. Tentem ficar um minuto sem rir ao imaginar esta personagem que veio falar comigo... Estão a ver? Também não aguentaram. Eu bem que tentei, mas tive de fingir que estava com um problema na roda da frente, disse-lhe que tinha pisado um esquilo e ele riu-se a bandeiras despregadas. Pelo menos deixou de falar comigo. "Ai Tiago, és mesmo mau!" Eu não sou, Deus é que gosta de me testar. E normalmente chumbo nos seus testes, com brutas negativas. Quando tirei o meu esquilo imaginário da roda, o moço perguntou-me: "Quantos é que vocês são?" Éramos três, mas ele não conseguia perceber. Eu levantava um dedo de cada vez: Um, dois, três. Mas o rapaz não era da mesma opinião, dizia que éramos seis. Lá está, comprova-se que o álcool faz ver a dobrar. Aproveitei esse facto e disse-lhe que íamos atrás dos elefantes em bicicletas com rodinhas, de auxílio e como tal tínhamos de ir embora. Mais à frente, já nas ruas das esplanadas, foi necessário um esforço heróico para não tirar os pés dos pedais. "Porquê? Custa muito pôr os pés no chão?" Vocês são mesmo chatos. Não, não custa, simplesmente dá mais trabalho voltar a pedalar quando estamos rodeados de gente por todos os lados. Parece que éramos invisíveis, apesar das protecções todas que usávamos e do grito que o mendigo deu quando tentei saltar por cima dele e aterrei nos seus coisos. À parte disso, ainda pisei uns quantos pés e também duas mãos de um rapaz que já estava em coma àquela hora da noite. Já na Avenida da Liberdade, quando esperávamos pelo carro para irmos embora, vieram dois homens falar comigo. Só tinham uma coisa em comum: eram draga-minas (dá-na-fruta, arruma-aqui, ena-man-tá-a-bater-bue). De resto, eram completamente diferentes. Um era gordo que nem um chibo, o outro era mais magro do que um poste de sinal de trânsito. Um era africano, o outro era branco sujo por não tomar banho desde o último milénio. Um tinha uma trunfa para cima, o outro tinha o cabelo escorrido para baixo. Ah, e o branco sujo ainda tinha um top vestido para mostrar o umbigo. Como estava a dizer, vieram falar comigo e disseram: "Mano, não me arranjas uns trocos para comer?" Eu já sabia a frase de cor, só que estremeci quando ele disse "para comer". Quero dizer, vêm com ar de quem precisa de cavalo nos próximos dois minutos e dizem "para comer"? Pensam que eu sou parvo? Só por causa disso não lhes dei nada. Até porque também não tinha. "Epa, obrigado na mesma mano, obrigado, a sério." Primeiro: nunca se agradece quando não recebemos o que queríamos. Segundo: como é que eles me estavam a chamar "mano" se não me conheciam? E mesmo que conhecessem, seria impossível saberem quem eu era, porque um capacete integral e uns óculos de ski, juntamente com a armadura e afins, não dá para reconhecer ninguém, nem que fosse a Adriana Lima. Por falar nessa moça, ela está a chamar-me para lhe fazer uma massagem na orelha esquerda. Vou indo, que não se deixa pessoas feias à espera. Beijinhos na pedaleira da bicicleta do Carrefour que têm na arrecadação.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um chimpanzé pode tirar gorilas do nariz?

Estava eu a tirar pipocas do nariz e a comer macacos enquanto via as notícias, quando me deparei com a seguinte: "Cavaco Silva interrompe férias para tratar dos fogos." Bom, ou é da mente parva do Engenheiro que estava ao meu lado, ou então não sei, mas a primeira ideia que vem à cabeça é o senhor Aníbal a pegar na senhora Primeira-Dama pelos tornozelos e a usá-la como se fosse um ramo de árvore, batendo com a sua cabeça no fogo. "Xô fogo, xô! Feio! Assim já não leva Wiskis saquetas! Bla bla bla bla" (a parte do "bla bla bla" não é por causa da piada do anúncio, mas sim porque a partir duma certa altura do discurso do Presidente o meu cérebro processa apenas isso. O quê? Outro parêntesis logo no princípio? Estou cada vez melhor, daqui a dois meses tenho de pagar 25% de IVA só por causa dos parêntesis. Sim, porque pelo andar da carruagem esse vai ser o valor do IVA daqui a pouco tempo. Posso fechar agora? Obrigado, finalmente posso fechar a boca. Estou à espera desde ontem com a boca aberta quando a minha mãe me estava a fazer um avião com uma garfada de arroz e foi atender o telemóvel. Ufa, já tinha cãimbras nos maxilares. Agora a sério, vou fechar. Viram? Fechei. Ainda não viram? Pois, isto agora é por satélite, está um bocado atrasado, deve estar quase.) Outra coisa interessante e que até está relacionada com os incêndios é a quantidade de água que se gasta. Senhores incendiários, vamos lá a ver se a gente se entende: para além dos milhares de hectares de floresta que destroem, as casas de pessoas que levaram uma vida inteira a construir e sustentar, as plantações que são a única maneira de subsistência de muitas famílias, ainda nos fazem gastar água. É que vocês devem pensar que a água cai do céu, de certeza! "Hum, Tiago... A água cai mesmo do céu..." Claro, e o Pai Natal também... Vão chatear o vosso primo Horácio, aquele que tem as unhas dos pés tão encaracoladas que confunde-se os pés com os sapatos do Aladino. Devem achar que eu nasci ontem, essa é boa! A água cai do céu... Esperem lá, realmente é verdade... É melhor mudar de tema, que acabei de fazer uma figura de urso ainda pior do que o normal. Por falar em urso, outro dia à conversa com uma amiga de longa data (devemos conhecer-nos há... Não nos conhecemos, é engraçado. Mas o prometido é devido, deve ser a única leitora assídua do meu blog, para além daqueles que são teimosos e dizem "Não perca o seu tempo com isto? Só por essa, vou ler este texto todo! É pena não ter bonecos, sempre era menos enfadonho."), iniciou-se uma argumentação acerca de um gorila e de um chimpanzé. Eu pergunto: o que será melhor? Um animal forte e grande mas, por causa da mãe natureza e da fast-food, é lento, ou um animal pequeno, não tão forte, mas ágil, que nos escorrega entre as mãos porque se besunta todas as manhãs e às quartas à tarde com manteiga de iaque? É que o grande pode tentar dar 247 murros na cabeça do pequeno, mas o fedelho pode fugir sempre. "Ah, então é melhor ser pequeno e ágil." Calma, que falta um pequeno pormenor: basta uma berlaitada bem arrefinfada pelo grande que o pequeno vai dar beijinhos ao Mickael Jackson. Ops, isto ficou um bocado a puxar para a realidade nos dois sentidos. Cortem esta parte. Na minha singela (e suprema, quem manda aqui sou eu, enquanto os meus pais e o meu gato não descobrirem que faço estes textos. Hoje estou a abusar nos parêntesis, deve ser por estar naqueles dias.), acho que mais vale ser pequeno, esperto e ágil e conseguir safar-me quase sempre do que ser uma coisa enorme mas muito trapalhona dos movimentos que de vez em quando consegue o que quer. O que é que quis dizer com isto? Não faço ideia, mas deve ser algo do género de David e o Golias. Nunca se deixem intimidar na vida pelas situações que parecem grandes demais para arcarmos nos ombros. Isso e as mochilas dos escuteiros, porque apesar de andarem de meia até ao joelho com a jarreteira a dar ao vento, carregam mochilas bem mais pesadas do que eu. Se bem que o meu peso não prova que as mochilas são pesadas. Beijinhos na terceira pedra da quinta fila da calçada da esquina da Rua do Carmo com a Rua Garret.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O rei da selva!

Olha quem são eles! Estão bons? Desviem-se da cadeira seus camafeus, estou a tentar falar com os peluches que têm no móvel atrás de vocês. Pronto, se não se querem desviar, tudo bem, eu continuo a ver o Canal Parlamento. Não, estou a brincar. Outro dia, à conversa com um grande Engenheiro (disse "grande" para mostrar que não é nenhum político. Hã, esta foi forte, não foi? Não a piada em si, mas o facto de abrir um dos meus famosos parêntesis logo no início do post. Sou mesmo o maior, ninguém me ganha. Só a minha avó é que consegue ganhar-me no braço de ferro, mas aí é injusto, porque eu uso os dois braços e a perna esquerda, enquanto que ela usa só um braço! Vou fechar agora. O bolso, claro, havia de ser o quê? Vá, já chega. De cerveja, claro. É agora.), veio o tema "leões" à baila. "Leões? És pouco gay és!" Não sou, mas vocês gostavam que fosse para poderem namorar comigo, que eu bem sei. Continuando, que é para isso que cá estamos, lembrei-me logo das coisas que sei sobre os leões e fiquei com inveja dos machos. Ora reparem lá: os leões, quer machos quer fêmeas, repousam entre 16 a 20 horas por dia. Como as mulheres demoram sempre mais tempo a tomar banho e a arranjarem-se, parto do princìpio que elas dormem as 16... Como? Ah, certo, já estou a confundir com a raça humana. "Bom, as leoas dormem menos do que os leões porquê?" Perguntem em voz alta, que não vos ouvi. Ah, assim está melhor. As leoas dormem menos do que os machos porque têm de tratar das crias e caçar. Exactamente, os senhores ficam a coçar a micose à sombra enquanto elas enfrentam; cheias de fome; temperaturas bem acolhedoras. "Oh Tiago, mas alguém tem de trabalhar, e se as fêmeas são sempre em maior número do que os machos, faz sentido serem elas a caçar." Sim, está bem, vocês é que sabem. A parte mais engraçada é que quando finalmente conseguem matar algum gnu, os excelentíssimos leões levantam as suas bilhas de 250 kg, aproximam-se e comem o que lhes apetecer. De seguida, vêem as 346342 crias e comem o que quiserem, até arrotar um osso das costelas do gnu. Depois de só sobrarem ossos, aí é que as leoas podem comer. É justo, não é? Faz lembrar uma certa religião em que os mais fundamentalistas também funcionam assim. Mas não vou falar de religiões, porque isso seria foleiro, cada um segue os ideais que quiser. Só um pequeno pormenor: quem não seguir a mesma religião que eu, é pacóvio. É isso e o futebol. Por falar nesse belo desporto, faltam poucos dias para ser possível contar o número de polícias que há no nosso país, porque felizmente os adeptos de futebol portugueses não são nada fanáticos nem arruaceiros. Os polícias só vão para os estádios porque querem ver os jogos à borla, pois claro. Devem achar que eu sou parvo, a mim é que não enganam. Antes de me despedir, porque vou-me suicidar e nunca mais me vão ouvir (eu escrevo, logo nunca me ouvem), queria pedir aos grandes incendiários que se fabricam neste país que pegassem fogo ao Monsanto para que as moças deixassem de ficar à beira da estrada, que aquilo faz-me um bocado de confusão. Como dizia o outro "Get a room!" Bom, e agora vou sair porque tenho um encontro marcado com uma leoa na mata do Monsanto. Tenho de ir já porque ela acordou das horas de repouso há algum tempo, e não quero chegar lá e apanhá-la a dormir outra vez. Beijinhos nas árvores que ainda não arderam.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

The roof the roof the roof is on fire!

Deixem-me só colocar a minha prótese da perna direita, que sem ela não consigo escrever, e já vos digo qualquer coisa. "Ah, mas estás a escrever!" Não, falso, estou a falar e o computador a passar para letras. Pois é, a tecnologia é tramada. No meu tempo, era com uma pena e um pergaminho, e é se queria namorar por correspondência com uma gorda de buço a fazer-se passar pela Condessa boazona da Flandres. Se nessa altura houvesse webcams por pombo-correio, eu não tinha perdido 3 anos da minha vida e 7 cabeças de gado a tentar que o pai dela me desse a sua mão em casamento. A única coisa positiva é que no dia do casamento comi lombo de vaca no espeto, e aviso já que não foi no copo de água, mas sim na lua de mel. Bem, visto que sou um tipo bastante bem parecido dos pés para baixo... Estou a exagerar? Ok, também sou espectacular da cabeça para cima, mas só até à estratosfera, que a partir daí já pertence a Deus. Continuando, vamos ao tema de hoje, que é... Não sei. Vou ficar aqui sentado até o tempo de antena acabar. "Oh esperto, se ficares sentado, não vai aparecer nada escrito." Bem visto. Então, se calhar, vou falar mal de alguém, só para variar um bocadinho. Vou escolher aleatoriamente, juro. Olha, Miguel Sousa Tavares. Não digo o Doutor Miguel Sousa Tavares, nem Professor Miguel Sousa Tavares, nem mesmo Engenheiro Miguel Sousa Tavares, porque nunca percebi o que é que ele faz, além de seguir as pisadas da mãe, que foi uma escritora inigualável. Eu não tenho nada contra o senhor, simplesmente não percebo porque é que é tão idolatrado na TVI. Desculpem, disse uma asneira no texto, não deu para evitar, TVI! Ops, outra vez. Se o Primeiro-Ministro promulga uma medida, o sôr Miguel comenta com a sua voz sensual e com um dos braços esticados e a fazer um ângulo de 27,6º com a horizontal, apoiando a mão correspondente na mesa da TVI. Bolas, hoje estou mesmo asneirento. Se um economista estrangeiro diz que Portugal vai entrar em bancarrota, aí vem o salvador da pátria dizer o que acha. Se o Porto contrata um jogador vindo da América do Sul, adivinhem quem é que está em estúdio para comentar? Ora nem mais. Não tenho nada contra o Miguel Sousa Tavares, simplesmente acho estranho ele poder dar a sua opinião acerca de tudo para o país inteiro e eu não. Ah, esperem lá, se calhar até tenho mais audiências aqui no blog do que o Jornal da... Quase que me descaía outra vez. Malditos comprimidos para as dores menstruais. Se há um incêndio de grandes proporções (ainda bem que este ano ainda não houve nenhum em Portugal nem na Rússia, bem como não houve cheias nos seus vizinhos. Seria estúpido, um país a arder e os do lado com água até ao pescoço do Saviola, ou ao meu umbigo. Outro parêntesis desnecessário mas que eu adoro. Se calhar vou fechá-lo agora. Hum, ainda não, está calor e se fechar fica abafado. Era uma vez...), adivinhem quem é que vem comentar? Quem? Errado! Desculpem que vos diga, mas ele tem ar de quem gosta de mandar os 68 cigarros que fuma por dia para o chão. E como é escritor, tem de ter uma casa no campo. Ao ter uma casa no campo, é muito provável pegar fogo ao quintal dele e deixar alastrar enquanto tenta salvar o portátil onde tem vários projectos de livros em construção. É por estas situações que 90% dos 30 ziliões de incendios que houve este ano em Portugal são de causa humana directa. Faço um apelo aos três leitores e meio deste blog: preservem a Natureza! Agora vou só ali fazer um incêndio e já venho. Beijinhos nos fósforos que estão ao lado do esquentador.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Yo no quiero agua, yo quiero bebida!

Olá coisinhas mais lindas do tio. Estão boas? Muitas prendinhas neste Natal?... Ainda não é Natal? Comigo há Natal várias vezes por ano, porque quando tento meter conversa com meninas jeitosas respondem-me sempre "E esta noite o Pai Natal também te vai deixar umas prendinhas, já que estás cheio de sorte." Estava eu a ver o canal caça e pesca quando me veio á cabeça um assunto que é sabido pela maioria das pessoas. Pois, menos por esse senhor que está a calçar as meias brancas com o desenho da raquete. "Oh Tiago, cala-te e desenvolve!" Mau, temos o burro nas couves. Se me calar, como é que posso desenvolver? Ainda não fiz uma traqueostomia para poder falar de boca fechada. Bom, vamos lá a ver se tenho de me chatear. O tema de hoje é o assédio, principalmente nas discotecas. Há várias maneiras de conseguir levar uma pessoa para fora do recinto e fazer-lhe o que vos apetecer. Têm papel e caneta? Então deitem fora, que isto não é nenhum curso "Como conseguir raptar e/ou violar pessoas", é apenas um alerta. Há varias formas. Uma delas é a clássica substância esquisita dentro do copo pousado. Meninos e meninas, nunca pousem o copo, está bem? E se alguém vos oferecer uma bebida, nunca aceitem, a não ser que se dirijam até ao balcão com essa pessoa para pedir a bebida ou a não ser que seja eu a oferecer-vos. Mas nesse caso, é bom que não tenham umas belas curvas, porque senão vão acordar numa cama que não conhecem. Ou não. Outra maneira de raptar alguém é parecida com o que vos acabei de contar, diferindo apenas no facto de não haver nenhuma substância. "Oi?" Pouco barulho, eu é que sei, suas Amélias do Burkina Faso. O truque é embebedá-la oferecendo bebidas a toda a hora, sem a deixar respirar, até que entra num estado em que tudo tem piada e é só metê-la ao ombro tipo saco de batatas e levá-la para casa num BMW preto. Sim, tem de ser esse carro, caso contrário não funciona. Também podem mostrar um cartão da Marinha falsificado e dizer que são da ASAE num bar das docas de Porto Santo, e perguntar se a morena tem namorado. Houve um chefe que se lembrou de me fazer isso, e acabou a pedir-me desculpas com o rabo entre as pernas e a passar-me uma nota de 20 euros para a mão, para pagar uma rodada ao pessoal. Para quem não saiba, a morena não é minha namorada. Já agora, se a moça que estiver a ler isto for gira, esbelta, simpática, educada e saiba lavar roupa à mão, que me contacte para podermos discutir os termos do contracto. Beijinhos atrás da orelha esquerda, porque se esqueceram de pôr perfume atrás da direita.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cúmulo do azar em pessoa?

Quem é que não gosta de andar semanas e semanas a preparar uma viagem, a comprar as passagens de avião, as de barco, e o diabo a sete, e dois dias antes tem uma intoxicação alimentar? Falemos (hipoteticamente) da minha querida e amável pessoa. Com mais de um mês de antecedência, começava a falar com os amigos sobre o facto de ir de férias até uma bela ilha no Atlântico, até que cerca de 10 dias antes arrotava 47543 gaziliões de contos nos bilhetes de avião e mais um terço e meio desse valor no bilhete de barco. Não esquecendo o dinheiro para alugar a casa, para a comida e para as moças do bar de alterne, ainda dá uma quantia próxima daquela que o BPP comeu aos clientes... por cada hora. Bem, estando tudo tratado, continuemos a imaginar, eu lembrava-me de fazer três refeições muito saudáveis: McDonalds, pizza e McDonalds. A sorte é que por estar frio não me faria mal nenhum. Bolas, assim estrago a ideia. Ok, imaginemos que apesar de tudo, a comida fazia-me mal, dois dias antes de apanhar o avião. Diarreias (em 1 hora perdia o peso que tinha demorado 1 ano a ganhar), dores de barriga insuportáveis e dores no peito que não deixavam respirar. Já experimentaram estas sensações? Eu também não, porque estou a contar uma história hipotética, ninguém tem tanto azar assim. Mas acredito que a sensação seja parecida com ter uma bigorna daquelas que víamos no Beep-beep e coyote em cima do peito e as bombas de dinamite na barriga. Enfim, no dia da viagem, e estando literalmente todo estragado por dentro e por fora, ainda faria uma visita aos lavabos do terminal 2 do aeroporto, entrando depois no avião, sem antes porém ficar com o número de duas hospedeiras de bordo bem jeitosas que por lá passeavam. Já dentro da aeronave, e depois de apagar-se a luz do cinto de segurança, a tripulação lembrar-se-ia de distribuir para almoço uma coisa parecida com salmão cru recheado de cebola frita, tudo dentro de uma pequena baguete de qualidade... duvidosa. Na aterragem, e visto que eu estaria perfeitamente bem disposto, Deus lembrou-se de fazer ainda mais vento na pista de aterragem já conhecida por ser ventosa e difícil. Resultado: velhotas emitiriam gritinhos, outras pessoas benziam-se, outras fingiam dormir para não mostrar o medo, e eu estaria branco como a Casa da Música (que raio de comparação, eu sei). No fim, e depois de verificar que não estaria morto, por ter quase a certeza que a asa esquerda do avião tinha lavrado a terra ao lado da pista de aterragem, ouviria todos os passageiros a bater palmas e a felicitar o piloto. Daí a umas quantas horas, estaria no barco, em alto mar, que não me enjoaria de maneira nenhuma. Chegando ao destino, comeria 3 bolachas maria do pingo doce e uma russa bem jeitosa, e ficaria a tarde toda mal-disposto. É o que dá comer coisas que têm por alimentação base vodka com vodka. Á noite, todos a comerem batatas fritas e comidas saudáveis e nada saborosas, enquanto eu teria uma canja de galinha como manjar. Pena é que duraria apenas 3 minutos e 42 segundos, porque a seguir eu teria vontade de dar a prová-la ao chão de cimento ao lado do jardim e também ao jardim em si. Relembro que isto é apenas um "suponhamos". Á noite, após voltar da farmácia de serviço, iríamos a um bar, em que graças aos comprimidos eu adormeceria 57,3 vezes enquanto continuava a cantar músicas dos anos 80, até que estragava a noite ao pessoal todo por ter de voltar para casa. Eles iriam até à discoteca à mesma, mas eu repararia nos seus olhares que lhes estaria a estragar a noite. Graças a Deus que nada disto aconteceu. Beijinhos a todos no estômago, a ver se essa má disposição passa de vez.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

We all live in yellow submarine!

Pois é, caros ouvintes. Ora bolas, vocês não são ouvintes, são leitores. Ainda por cima dos fraquitos, ainda precisam de usar o dedo para não se perderem no texto e lêem silaba a sílaba. A sorte é que algumas leitoras das minhas parvoíces são moças bastante bem parecidas, e então vão safar-se na vida profissional na mesma. Bom, vamos ao que (não) interessa. Como todos devem ter visto nas notícias, ou ouviram o Zé da tasca contar, o nosso poderoso país vai receber nos próximos dois anos, não um, não três, não vinte e sete, mas sim dois submarinos, pela módica quantida de 513 milhões de euros cada um. Nesta altura, há três possibilidades de opinião do povo: "Acho muito bem, apesar de ser um grande investimento, nunca se sabe o dia de amanhã. Os submarinos são essenciais para um estado de guerra."; "Pelo amor de Deus, para que é que queremos os submarinos? Que desperdício de dinheiro! Não os vamos usar porque ninguém sabe que o nosso país existe e muito menos iriam entrar em guerra connosco!"; "Quero lá saber, desde que os subsídios para ficar em casa a coçar o dedo mindinho do pé esquerdo continuem a cair-me na conta, eles que comprem o que quiserem.". Agora vocês perguntam: "Tiago, qual é a tua opinião?"... Perguntem em voz alta, com mil raios, que assim não vos oiço! Agora já ouvi, menos aquele fulano que está entretido a limpar o salão à frente de toda a gente. Pois, a minha opinião é... Não tenho opinião formada. Por um lado, é um grande investimento, talvez desnecessário nesta altura tão má em que nos encontramos. Se fosse lá mais para o Inverno, acho que seria melhor, porque já ninguém ia gastar nos aparelhos de ar-condicionado e sempre sobrava algum para ir ali ao Freeport e comprar um submarino a preço outlet. Outra questão que me atormenta é se haverá tripulação da Marinha Portuguesa que saiba trabalhar bem com os bichos. É que quando uma pessoa não sabe conduzir um automóvel ligeiro, tem aulas de condução com um automóvel ligeiro e, quando adquire a carta de condução, normalmente arranja um carro baratinho para poder espetar-se a toda a hora sem doer muito no bolso, para que mais tarde possa conduzir sem estragar o Mercedes que o papá tem reservado para o menino. Calculo que com os submarinos, não será bem assim. Vão passar dos velhos, que tiveram de ser deixados de usar por motivos de segurança devido ao estado de degradação, para os topo de gama. Um submarino é sempre um submarino, mas como em tudo na vida, não há dois submarinos iguais. Por isso, peço à Marinha Portuguesa, com todo o respeito, que ordene o afundamento de todas as ilhas desde o Cabo da Roca até ao continente americano para ter espaço de manobra para treinar a tripulação com as máquinas novas. E nada de fazerem corridas como na Ponte Vasco da Gama, senão levam multa. Por outro lado (sim, só agora é que acabei a parte do "por um lado", seus morcegos do Burundi), acho desnecessário ter dois submarinos no valor conjunto de mais de mil milhões de euros (1.000.000.000 euros) enquanto há pessoas neste país que têm de fazer esforços herculeanos para não passar fome. E há quem passe, infelizmente. Isto deve ter sido a única coisa séria que escrevi neste antro de parvoíce. Por falar na vossa melhor característica, e em jeito de despedida, queria dizer duas coisas acerca do concurso de moda que dá na SIC. A primeira é que há pessoas que, ou vão ao concurso na desportiva e no gozo, ou então os espelhos lá em casa só servem para ver se o cotão no umbigo já mudou de cor. A outra coisa que quero dizer, não quero dizer. Confuso? Não, é simples. Não quero dizer, mas sim apelar. Peço à senhora Fátima Lopes, que é uma grande estilista como toda a gente sabe, que arranje melhores maneiras de dizer que as raparigas não têm as medidas que ela procura numa modelo. É que ao dizer a uma moça de 16 anos com 1,80m e 55kg que tem as ancas muito largas e o rabo muito grande, a única coisa que vai conseguir é que a jovem entre em depressão e deixe de comer. Olha, disse outra coisa séria. Vocês devem estar a pensar porque raio é que eu vi esse programa, ao Domingo à noite. Três razões: O Bruno Nogueira está de férias, o comando ficou sem pilhas e moçoilas de biquini. Talvez por outra ordem. Beijinhos nas vossas bolinhas de cotão fofinhas.

domingo, 1 de agosto de 2010

Eh Ti Manel!

Ainda ontem um dos muitos jornalistas que me perseguem a toda a hora perguntou-me como é que consigo escrever com tanta frequência. É fácil, ou acham que é difícil escrever coisas idiotas e sem sentido? Até o Cristiano Ronaldo é capaz disso. Pensando bem, só quando está no Real Madrid, porque na Selecção diz para perguntar o que quer que seja ao Carlos Queiroz. Já este grande treinador não consegue articular uma frase sem recorrer ao uso da expressão "aaah" para ganhar tempo. Ou então é apenas por ser burro que nem uma bota da tropa no que toca ao futebol, porque acredito que seja muito bom a Geometria, senão não o tratavam por "Professor". "Ó Tiago, se vais falar de futebol, vamo-nos já embora!" Fiquem comigo, meus lindos, porque não vou falar disso. Vou antes abordar um tema que toda a gente gosta: patinagem artística. Lá estou eu a meter-me convosco. Agora a sério. Já experimentaram passar pelas aldeias do interior do país (para mim, de Mafra para cima já é interior, apesar de haver litoral na mesma. Não me interessa, o blog é meu, por isso digo o que quiser. Se me apetecer, até posso dizer que os Estados Unidos metem-se em tudo e acabam por levar na bilha. Esperem lá, por acaso isto é verdade. Cortem esta última parte. Não dá?! É em directo? Ora bolas. E o parêntesis, posso fechar? Obrigado.) e meter conversa com a velharia que está sempre sentada à porta de casa, ou ao lado das fontes, ou no café? Primeiro, tento sempre a minha sorte chamando aos senhores "Ti Manel" e às senhoras "Ti Jaquina". Costuma correr bem. Depois, se quiser saber o caminho para algum sítio, pergunto sempre aos grupinhos, para vê-los a discutir e cada um a dizer qual é o melhor trajecto. Está-se mesmo a ver que no fim fico a saber ainda menos do que aquilo que sabia antes de perguntar e acabo por ir dar a vossa casa. Sim, que eu sei que vocês moram em cabanas isoladas nos montes, ligadas por túneis, e fazem sabe-Deus-o-quê uns com os outros. Pois, agora negam, mas daquela vez agarraram-me, arrastaram-se até uma das vossas casas, amarraram-me e fizeram-me coceguinhas durante quatro horas. E, por último, puxo conversa cujos temas se resumem a política, futebol e moças jeitosas. Na política, insultam todos, até os das suas ideologias. No futebol, começam á pancada uns com os outros e acabam por concluir que a melhor equipa é a lá da aldeia, que joga no recinto dos bombeiros aos domingos à tarde. Quando começam a falar das moças, ou adormecem, ou têm enfartes. E é aí que lhes roubo os cheques das enormes reformas que têm e venho-me embora, até me perder com as indicações que me deram e sou apanhado por vocês naquela estrada onde está aquele pinheiro. Não é o pinheiro ao lado do outro pinheiro, esse não fica aí. Bem, vou regar com o meu chichi o pinheiro que raptei no outro dia. Beijinhos na nuca.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Viva a sexta à noite!

Estava eu aqui em casa, deitado no sofá, vestido apenas com a minha pele, a passar os canais, até que me deparei com algo bastante idiota mas que até funciona como estratégia de marketing. Alguém já viu o anúncio da Herbal Essences com a Vanessa Martins? Eu cá vi vezes sem conta. Acho piada é ao pormenor "Consegue um cabelo sexy com a máscara pontas sedosas da Herbal Essences". Claro Vanessa, eu vou mesmo olhar para o teu cabelo enquanto estás de bikini e a exibir uns belos seios retocados cirurgicamente. Falando em bikini, quem é que não gosta de ver aqueles velhos a brincar com os netinhos à beira da água? É uma imagem tão fofinha, não é? E quando o velhote está a usar aqueles fatos de banho que são, digamos, curtos... Está a usar tanga, é o que é, e baixa-se demais? Fica logo com os amendoins de fora. O mais engraçado é que o senhor não repara e continua de rabiosque para o ar, a mostrar a salada toda, até que aquilo acaba por ficar completamente de fora, a apanhar a brisa marítima. É uma visão reconfortante. Aliás, quando as pessoas dizem que olhar para o mar acalma a alma, está subentendido que entre nós e o mar está um velho de abono de fora. Bem, mas como tem estado bastante frio e não tem dado para ir à praia, vamos mudar de assunto. Outro dia, já há muito tempo, tinha um exame na faculdade às 9h. Até agora, nada de especial. Pois, o que era ligeiramente diferente era o exame ser a um sábado, mas também nunca ninguém morreu por puxar pela cabeça a um sábado de manhã. E então se houve festa na noite anterior, "quanto bebi ontem?" é a pergunta mais difícil a que conseguimos responder, e mesmo assim não conseguimos uma nota muito boa. Mas nesse sábado não estava de ressaca, nem tinha sono. Estava preparado para fazer o exame e sair de lá com um sorriso na cara, nem que fosse um sorriso de "se a classificação fosse como no 3º ciclo ia ter nota máxima". Acordei por volta das 8h, depois de ter chamado David Motta ao meu despertador (também chamei outros nomes mais comuns, mas ele fica particularmente ofendido quando o comparo a essa personagem. Para quem não sabe quem ele é, imaginem o Castelo Branco com barba e cabelo encaracolado), rezei virado para Meca, disse um Pai-Nosso e meditei durante 47 segundos, vesti a melhor mini-saia e um top giríssimo e maquilhei-me. Ups, peço desculpa, isto era para escrever no fórum dos travestis. Bem, depois de estar pronto, entrei no carro por volta das 8h30m e fiz-me à estrada. Ao fim de dois minutos estava na IC19, até que ao fim de outros dois vejo uma fila enorme desde a recta da Força Aérea. "Ah, isso é normal, seu barril de caspa de morcego." Pois, seria normal se fosse um dia de semana, grandes Einsteins. Eu só pensava que ia chegar atrasado ao exame, e, para ficar ainda mais irritado, ao olhar para os carros à volta, reparava que as pessoas ou iam andar de bicicleta, ou iam fazer surf, ou iam às compras, enquanto que o camafeu ia queimar neurónios. Em 25 minutos consegui percorrer uns incríveis 200 metros, até que finalmente passei pelo acidente que estava a causar aquela confusão toda. Quando pensei em usar todos os 30 cavalos de potência do meu carro, duas motas da polícia metem-se à minha frente e obrigam toda a gente a circular a uma velocidade menor do que a de um crocodilo antes de apanhar sol. Escusado será de dizer que eu já espumava de raiva e dizia palavras como "possas" e "que chatice". Também disse uma vez "caramba", admito. Quando os polícias fizeram sinal para eu passar por eles, já estava perto da saída que vai dar à Faculdade. O objectivo seguinte era arranjar um lugar para estacionar. Por ser um sábado, não haveria problema, certo? Errado! Como é óbvio, toda a gente que ia fazer o exame pensou da mesma maneira, e então estava tudo cheio de carros por tudo o que era lugares de estacionamento. De vez em quando via um, mas pensava "é pequeno, não cabe" ou "deve haver um mais perto do edifício". Tanto adiei que ao chegar perto do local não havia um único lugar. Resultado: tive de estacionar nos lugares pagos e, espantem-se, tive de pagar o ticket, cheguei atrasado ao exame, e no fim saí de lá com o sorriso se-fosse-no-3º-ciclo-tinha-nota-máxima. Moral da história: se tiverem um exame ao sábado, vão para a borga na sexta à noite e não ponham despertador. Beijos aos meninos e abraços às meninas.

Linhas e entrelinhas.

Olá pessoas e ganso do senhor Manel. Hoje tenho de ser rápido a escrever porque estou num comboio da linha de Sintra. "O que é que tem?", perguntam vocês... Perguntem! Sim, em voz alta! Pronto, assim está bem. Ora pensem lá um bocadinho... Estar com um computador portátil num comboio da linha de Sintra... Ainda não chegaram lá? Que gente tão pouco inteligente que vocês são, sinceramente. Já alguma vez viram uma tomada nestes comboios? Eu não, e estou a ficar sem bateria. Sim, é só por isto que tenho de ser rápido. Não me digam que existem outras razões para não andar com objectos de valor nesta linha... Eu até conheço algumas. Há certas horas em que é difícil conseguir entrar no comboio e não ficar com um braço de fora, indo toda a gente pior do que numa lata de sardinha. Eu próprio, quando numa das viagens saí duas estações antes da minha para deixar sair quem estava atrás de mim, já não consegui voltar a entrar. Está uma pessoa a tentar ser bem educada e é assim que agradecem. Claro que logo de seguida fui à sala de controlo das linhas e troquei uma das ordens, provocando um choque frontal na enorme recta entre a estação de Benfica e a de Sete Rios. Mesmo assim não deve ter morrido toda a gente, porque no dia seguinte (depois de terem retirado os destroços e os corpos durante a noite num movimento demasiado rápido para ser bem sucedido) o comboio estava a abarrotar de novo. É bastante irritante. Outra coisa que chateia é o extremo, ou seja, o comboio vazio. "Mau, tu decide-te, rapaz lindo e sensual. Se está cheio, é porque está cheio. Se está vazio, é porque está vazio. Em que é que ficamos?" Lá está a vossa enorme inteligência a não funcionar, como sempre. Se está vazio, e se tiverem objectos de valor, acham que vos vai acontecer o quê? Ser abraçados e ficar a contar anedotas com os larápios? Ou encontrar um dos muitos polícias que circulam em cada comboio e pedir para mostrar a shot-gun ou para contar o número de criminosos que apanhou nesse dia e que ficaram presos? Claro que não. Vão ser assaltados e nem vão piar, porque eles vão ser 43 e vão estar armados. E quando forem fazer queixa à esquadra, vão ouvir "Vamos ver o que podemos fazer... Mas não prometo nada!" e não vão reaver os bens roubados nem os larápios serão apanhados. Por falar em apanhar, aonde é que já não sei nem quero saber, todos achámos estúpido e irritante quando o Cristiano Ronaldo a jogar pela Selecção ia ao chão e ficava sentado 23 segundos a olhar para as botas em vez de se levantar e correr, certo? Ou deveria dizer infantil? Exacto, também acho que é a palavra ideal. E sabem porque é que ele fazia isso e nós achávamos infantil? Porque nessa altura já estava a pensar no puto que pagou à outra moça para ter, e então andava a treinar as atitudes que ia ter de aturar. Digam lá, sou ou não sou engraçado? Sou o máximo, por isso é que se dão ao trabalho de ler este texto tão grande e sem bonecos. Por falar em bonecos, quando chegar a casa vou acabar o meu boneco de neve e mandar umas bolas aos putos que forem a passar na rua. Ainda bem que tem estado tanto frio, assim dá para brincar. Ó diabo, vem ali um grupo suspeito... Acho que... Ora bolas, já me viram. Se calhar vão-me levar o portátjgiepwfngvefvioeffgdf.