sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De cor de rosa?

Lá estão vocês a espreitar o que eu ando a fazer. Não vos tinha dito que isso é extremamente irritante? Pois, também não me lembro. Não interessa. O que interessa é que vocês gostam muito de mim, eu gosto muito de vocês, e somos todos muito amigos. Aliás, aquilo que sinto por vocês é tão forte que me dá vontade de ir à Lua e... ficar por lá, só para não ter de vos aturar. Não, estou a brincar. Também não vos adoro... Vá, sinto uma ligeira amizade, pode ser que com o tempo dê para dizermos "olá" quando nos encontrarmos numa feira de gado. Hoje de manhã é que encontrei uma personagem saída daqueles filmes de comédia clássicos. "Ah, viste-te ao espelho?" Estamos tão engraçados hoje, não estamos? Vejam lá se não cai o dentinho com a piadola, suas lesmas quadradas com crista. Pois bem, a coisa que vi hoje de manhã era tão engraçada que me deixei atropelar pelo autocarro da Carris que passava nesse momento. Era um indíviduo, portanto, negro, na casa dos 50, com aspecto cuidado, ou seja, não tinha remelas como vocês e, muito importante, tinha um ar são. "Então o que é que tinha de tão engraçado?" Bom, visto que ele não ia nu, o que seria também bastante engraçado porque estava um vendaval desgraçado e assim poderia haver arremesso do peso contra os carros... Ok, não caindo na conversa de cariz sexual, vou descrever a indumentária do bicho: um belo gorro colocado estrategicamente acima da linha das orelhas, para aquecer apenas o cucoruto, uns chinelos de pêlo (mais pareciam umas pantufas sem calcanhar), umas meias do Tweety por cima das calças do pijama aos quadrados, para não entrar frio, uma camisa de pijama toda janota e, para terminar em beleza, um robe rosa-choque. O mais estranho é que o homem ia todo confiante a descer a avenida, tendo apenas hesitado uns momentos quando um grupo de jovens pediu para tirar uma foto com ele. Mudando radicalmente de assunto, alguém sabe quem era o senhor do robe rosa? Queria um autógrafo... Vá, agora a sério, mudando de tema, estava eu no outro dia a olhar para o tecto sem nada para fazer, já que não passava ninguém na rua para eu fazer tiro ao alvo com a minha caçadeira nova, e lembrei-me de ver um episódio de uma das minhas séries preferidas. Abro a pasta, quero dizer, a caixa, que eu não saco nada, sou contra a pirataria, e, para grande espanto meu, reparo que o episódio que ia ver era em 3d! Ganda pinta man! Depois de 5 segundos de euforia, lembrei-me que o meu ecrã não era 3d, nem tinha óculos para tal. Ainda experimentei usar aqueles que nos "dão" no cinema para filmes 3d, mas não funcionou. Resultado: 41 minutos a ver as coisas com sombras dos dois lados e uma dor de cabeça descomunal. Até aqui, tudo bem. O grande melão veio quando voltei a abrir a pasta, digo, a caixa de dvd's, e reparei que ao lado do episódio em 3d estava o mesmo episódio em formato "normal". Espectáculo. Tomei uns comprimidos e dormi 4 dias e 21 horas, só para passar a dor de cabeça. Bom, é melhor ir andando, que não tenho nada para fazer e aposto que vocês também não. Beijinhos no relógio de pulso. Se não tiverem, levam um estaladão que até vos saltam os dentes do siso.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olha a castanha assada!

Ora vamos lá a saber, quem é que arrotou? Está-me a cheirar a chouriço, portanto não digam que não vos cheira a nada. Ah, e também não vale a pena dizerem que não comeram chouriço mas sim bife, porque o arroto sai igual. Eu sei, bela maneira de começar a nossa conversa. Bastante romântica. Vocês também aparecem-me com um sapato de cada nação e eu não me queixo, só me pescoço. Que piada tão fraquita, deve ser dos tempos de crise. Sou mesmo bom a introduzir os temas dos textos porque, falando em crise, vou dissertar acerca de maquilhagem de morcegos. Não, estou a brincar convosco. Ia eu no outro dia, aquele antes do dia em que três de vocês pisaram cocó de cão, a passear o meu grilo de estimação, quando passei por um vendedor de castanhas. Não é que o tempo estivesse muito propício para as comprar, mas diz que este ano a castanha veio mais cedo por causa dos ventos solares e tal, de maneira que é assim. Já me perdi. Ah, já me encontrei. O dito vendedor tinha uma placa com os preços. Não sei como vos contar isto... Bem, tenho de ser forte, tenho de conseguir... A placa continha duas frases. A primeira era " Meia-dúzia: 1 euro". Até aqui, tudo bem, esquecendo a parte em que está a pedir 200 paus por 6 castanhas. Contando que uma tem bicho, duas estão cruas e uma outra cai ao chão, sai a 100 escudos cada uma. Adiante. A segunda frase era " 1 dúzia..." e tentem adivinhar o preço. Será que o desconto, por ser maior quantidade, é muito grande, tipo "1 dúzia: 1,5 euros?" ou 1,75? O que acham? Nada disso, nada disso. "1 dúzia: 2 euros". A SÉRIO? Então se eu quiser duas dúzias, quanto é que será? O melhor é perguntar ao homem, porque não faço ideia de quanto poderá ser. É mesmo à Zé da tasca, dá vontade de ir lá e perguntar "Quanto custam duas dúzias? E três? E quatro? E vinte e sete e três quartos, menos raiz de nove, tudo a dividir por dois?" Faz lembrar um restaurante em Setúbal, por volta das 12h o dono escreveu no placard "Há chocos". Ao fim de duas horas, em vez de apagar a frase e remover o placard, acrescentou uma palavra e ficou "Não há chocos". Realmente, ainda bem que avisou mas esqueceu-se de informar que também não havia bife de boi almiscarado nem ranho de bode da Sibéria. Que coisinhas inteligentes, têm um QI equivalente ao de uma pedra do Burundi, mas daquelas mesmo, mesmo, mesmo ignorantes. Por falar em gente burra, vou ver o Sócrates a discursar. Adeus, e até um dia destes, desde que não voltem a aparecer com esse penteado.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quem diz é quem é!

Olá! Estão fixes? Ou vão para Peniches? Bolas, isto não funciona no plural, está visto. Como têm passado? Vá, um de cada vez. A menina de gabardina, pode começar... Ok, pode-se calar, não quero saber como está. Ah pois, sou mesmo mau e vou arder no inferno. Desde que tenha comida e alojamento gratuito, acho que até vou viver melhor do que neste país, se o fogo em que me colocarem não for muito quente e der para proteger com creme de factor 20. Mais do que isso não, porque a partir do 25 fica difícil de espalhar. "Oh Tiago, vais dizer alguma coisa de jeito?" Suas aranhas de três patas do Burundi, eu nunca digo nada que seja sério ou faça sentido. Como tal, dou-vos 3 segundos para se porem na alheta. Um... Dois... Dois e meio... Dois e três quartos... Dois e noventa... Dois e noventa e um... Vá lá, fiquem, que eu gosto muito de vocês. Quase tanto como da minha unha encravada no pé esquerdo. Por falar em unha encravada, eu sempre fui daqueles amigos que se esqueciam dos aniversários dos outros. "Tiago, o Bonifácio faz anos amanhã!", e o Tiago passava o dia seguinte com o dito rapaz e só se lembrava que fazia anos quando alguém dizia "Parabéns Bonifácio! Então, muitas prendinhas?" Pois é, vivi bastantes anos assim, sendo um mau amigo. Mas houve um génio que inventou algo que resolveu esse meu problema: inventou a máquina a vapor. Lá estou eu a meter-me convosco. Agora a sério: inventou o alfabeto. Não, agora a sério, juro. "Quem mais jura mais mente!" Quem diz é quem é! "Espelho!" Cavalinho branco para toda a vida! "Cavalinho branco para toda a vida vezes infinito!" Cavalinho branco para toda a vida vezes infinitos mil! Ah pois é, ganhei! Vamos recompor-nos, sim? Voltando ao assunto, a invenção que resolveu o meu problema foi o Facebook. Surpreendidos? Se não fosse esta rede social, eu continuaria a esquecer-me dos aniversários. Basta olhar para a coluna da direita e ler "Aniversários: Asdrúbal" e pronto, o Tiago dá os parabéns e faz boa figura. Sou o maior!... Não sou? Pronto, está bem, sou assim-assim. Então vou-me embora, que hoje vou estar com a Heidi Klum em Belém e com a Adriana Lima no Estoril, ao mesmo tempo. Talvez dê um salto até Portimão e vá ter com a Alessandra Ambrósio. Sim, eu sei, devia ser mais selectivo com as mulheres, mas estas conquistaram-me com as suas maneiras de ser. Adeus e beijos às raparigas que estão a usar sapatos amarelos. Todas as outras pessoas, levam um bacalhau do Pingo-doce, e já vão com sorte.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Suas bichas!

Olha, olha, quem é vivo sempre aparece! Sim, vocês! Estive a semana toda à espera que me viessem arranjar o esquentador, e a única visita que recebi foi a de uma senhora profeta de Jeová. Não era bem o que eu tinha em mente, tenho de confessar. Também não tinha em mente viver num país em que o Imposto sobre o Valor Acrescentado (a irmã do Ivo) fosse praticamente um quarto do valor inicial. Faz lembrar os tempos da Máfia italiana, em que 1/4 dos ganhos dos comerciantes era para a Família. Não é bem a mesma coisa, mas vocês percebem. Se não percebem, acabem lá de beber essa caneca de café frio que eu espero. Já está? Não? Não quero saber, vou prosseguir com a missa. Não é que no domingo passado, depois de andar a saltar de canal em canal (não em Veneza, mas sim na televisão), reparei que me tinha esquecido de ver o Lado B, do grande, literalmente, Bruno Nogueira? Já não fui a tempo de ver a mulher mais sexy de Portugal, Odete Santos, a ser entrevistada, mas infelizmente apanhei a partir da parte em que... Até tenho vergonha de dizer isto... Comecei a ver no momento em que o/a Castelo-Branco entrou no estúdio. Não podia ter feito uma entrada como as pessoas fazem? Tinha de alçar da perna e usar o ferro da decoração do corredor que vai dar ao sofá como se fosse um varão dum bar de strip? E aquela roupa? E aqueles sapatos? E aquele chicote? E aquele cabelo? Não posso dizer que é um homem, mas também não posso dizer que é uma mulher. Está ali no meio, como quem vai para Leiria. Até a Odete Santos, que já está habituada a aberrações, ia fugindo com belos e subtis movimentos de nádegas, até que completou os 10 metros de comprimento do sofá e lá ficou, olhando para o lado oposto, tentando ao máximo não ouvir a voz do bicho. Ou da bicha? Que confusão. Por falar em confusão, ontem entrei na Assembleia da República e desatei à bofetada a tudo o que me aparecia à frente e... Não, estou a brincar. Mas qualquer dia lá terei de o fazer, só para verem quem é que manda aqui... no blog. Mudando de assunto... Estava eu a ver os Morangos com Açúcar, 34534ª temporada, quando chegou o intervalo e deixei de suster a respiração. A dada altura, dá um anúncio que envolvia gramáticas e o Toyota IQ. Resumidamente, vou relatar o conteúdo da publicidade: "se comprares uma gramática do 9º ou 12ºano, podes ir de Toytota IQ para a escola!" Hum... Está bem que o carro em questão é tão pequeno que até pode ser confundido com um mata-velhos, que dispensa a posse de carta de condução, mas... é impressão minha ou isto é mais um incentivo para os alunos não estudarem? "Filho, este ano quero que chumbes outra vez para ganhares o carro!" É que um aluno de 18 anos no 9º ano não é muito normal. (Digo eu, que entrei na faculdade com 17 anos, mas isso é porque sou um prodígio. Ou então não, apenas faço anos em Novembro e nunca chumbei.) A sorte dele é que nunca seria gozado pelos colegas, porque, apesar do carro ser feio e estúpido, só um atrasado mental, como o Castelo-Branco, é que ia gozar com ele, porque os outros teriam medo de levar uns chapadões nas ventas. Antes de ir ter com a Heidi Klum, que já me espera na banheira de hidromassagens, tenho uma pergunta para vocês, seus camelos do Pólo Norte: se numa discoteca, o dj mete o disco a tocar, quer dizer que o disco toca, não é? Então, se o disco toca, porque é que se chama discoteca em vez de discotoca? Pensem nisso e mandem-me as respostas por pombo-correio, que tenho vinte gatos no quintal para lhes limpar o sebo. Até lá, que por cá já não se pode estar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Não sei o que dizer.

Já não vos tinha dito para não se vestirem assim quando sabem que vou falar convosco? Vão lá trocar de roupa enquanto eu vou fazer chichi sentado. Estão-se a rir? Pelo menos assim tenho a certeza que não falho o alvo e não pinto as paredes. Sejam honestos, quem é que não faz chichi sentado de manhã? Quando estamos com aquela moca de sono tão grande que vamos em piloto-automático até à casa de banho, só um atirador das forças especiais é que tem pontaria suficiente. Vá, não sejam tímidos, quem o faz que ponha a mão no ar. Ahm... As meninas que levantaram, podem baixar, por razões óbvias. Não me digam que quiseram avisar que fazem sentadas porque pensavam que havia moças que fizessem em pé, numa posição de aranhiço acrobático? É capaz de haver, mas essas entram em coma alcoólico logo a seguir. Bom, pelo que vejo, já mudaram de roupa, por isso vamos ao que interessa. Hoje apetece-me falar de algo bastante sério: a abertura do rolo de papel higiénico. Não se riam, não estou a brincar. Quero dizer, mais ou menos, porque eu nunca falo muito a sério. Enfim, é um processo que pode parecer simples à primeira vista mas, na verdade, não é. Ok, talvez só não seja para mim, que tenho sete dedos em cada uma das três mãos e metade deles assemelham-se a cabeças de cachalotes. Quando puxo a ponta que está de fora, ou fico apenas com um pedacinho de papel na mão, ou então rasgo metade da sua largura, o que faz com que vá desenrolando mal, chegando a uma altura em que metade do rolo está uns centímetros mais abaixo do que a outra. É ridículo, eu sei, mas o poster do Justin Bieber que têm na parede do vosso quarto, ao lado da bandeira dos Tokio Hotel, também é ridículo e eu não gozo. Vá, gozo só um bocadinho, mas é quando não estão a ver. "Ai Tiago, és tão mau!" Não sou mau, sou horrível. "Oh, vai dar ao mesmo! Cada pessoa tem a liberdade de gostar do que quiser e ninguém tem nada a ver com isso!" Está bem, é verdade, e eu agradeço às pessoas que têm gostos diferentes dos meus por existirem, porque sem elas eu não teria com quem gozar e, como tal, não teria trabalho. Bem, também não vou exagerar, que isto não é um trabalho. Dá muito trabalho, é verdade, mas como não sou pago, não é considerado um emprego. Ainda bem, porque assim não desconto para a Segurança Social por fazer algo que gosto. Pumba, mato dois coelhos com uma cajadada! Ora bolas, porque é que "cajadada" faz-me sempre lembrar "queijada"? Agora fiquei com fome e com vontade de ir a Sintra. "Então vai, e não voltes tão cedo!" Só por causa dessa, não vou. Nem tem a ver com o facto de não serem horas para ir passear pela Serra, ou de ter acabado de comer. É mesmo porque vocês têm a mania que são engraçados. Até podem ter uma cara que faz rir a Manuela Ferreira Leite, mas isso é diferente. Tenho uma pergunta para vos fazer: Sabem como é que se fala durante uns minutos sem ter absolutamente nada para dizer? Pois, eu também não. Bom, tenho de ir fazer chichi sentado, até depois do dia que vem antes de coiso.