sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quem ler isto é um camelo. Sem ofensa.

Vocês aqui outra vez? Não era suposto encontrarmo-nos depois de amanhã, no clube homossexual? "Ai, nós não somos homossexuais Tiago, estás a brincar? Somos muito hetero!" Pois claro, está-se mesmo a ver, seus camursários. "O que é um camursário?" É a mistura entre um camelo, um urso e um otário. Por falar em camelos, acho que vou comprar um, porque o preço do fardo de palha tem vindo a descer e arranjei maneira de roubar água ao vizinho do 2º esquerdo. "Para que é que queres um camelo?", pergunta o rapaz que está a comer uma bola de berlim e a beber um Nesquik. Para além de ser um bicho que me faz lembrar o Luisão (por causa das beiças) e de ter duas mamas nas costas, acaba por ficar mais em conta do que um carro.
É bastante fácil encontrar um camelo na margem sul do Tejo, porque um político qualquer disse que era um deserto. Portanto, entro no comboio da Linha de Sintra, sou assaltado, chego a Sete Rios de cuecas, entro num comboio da Fertagus, passo por cima do Tejo (dentro do comboio, entenda-se), saio na primeira estação-cujo-nome-não-sei-por-não-ser-desses-lados-e-não-me-apetece-pesquisar-no-google, saco dum bocado de palha e meto contra o vento. Daí a 2 minutos, aparece um camelo. Acreditem, que é verdade. A partir daí, são só vantagens: deixo de ter de hipotecar a casa para poder comprar gasolina (atingiu valores históricos, e vai continuar a subir), não pago valores exorbitantes em impostos por um carro (chega a ser o dobro do valor de mercado noutros países), e ainda engato moças jeitosas (como a Adriana Lima, que está a escrever a carta ao Pai Natal aqui ao meu lado). Ok, talvez esta última vantagem não seja (totalmente) verdade. Mas há mais duas vantagens, bem mais sérias e importantes do que as já referidas: com os... portanto... as... coiso... com os cocós do camelo, posso fazer uma fogueira que dura 4,234534532 horas sem ter de abater 345234589043 árvores; e dá para usar um camelo como um lança-mísseis. Não sabiam? Como é que acham que o Irão anda a fazer os testes nucleares? Com lança-mísseis caros e trabalhosos? Nada disso. Pega-se no camelo, encaminha-se o bicho até um cepo de uma árvore, mete-se o míssil na sua boca, aponta-se a cabeça para a zona do alvo a abater, mete-se os seus testículos em cima do cepo, pega-se numa marreta e pimba, vai alho! Vão ver que o míssil sai à velocidade da luz ao quadrado redondo. Bem, vou ali ter com a Heidi Klum, que está à caça aos gambuzinos. Até lá, fiquem por aqui. Ou ali. Ou acolá. Ou lá. Ou si bemol.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dor de garganta?

Oi, tudo legal? Qui massa! Ué, não estou escrevendo bem? Peço desculpa, estava a tentar escrever com os parâmetros do novo acordo ortográfico, mas já vi que é melhor desistir. Bom, estava eu a sair do meu barco depois de mais uma noite de pesca em alto mar quando me lembrei das sete baleias que tinha apanhado. Voltei atrás, agarrei-as pelas barbatanas, meti-as às costas e carreguei-as até ao parque de estacionamento onde tinha deixado o meu Smart. Meti-as ao lado do elefante que tinha na bagageira, dei uma lamparina no hipopótamo para sair do lugar do condutor e segui viagem até ao meu challet de praia. Quando parei num semáforo, ao lado do Sócrates numa scooter, deu-me uma pontada na garganta. "Oh lá, isto deve ser uma dorzita de garganta...", pensei, com perspicácia. "É melhor ir ao médico" disse eu ao hipopótamo, enquanto lhe dava outra lambada para ficar quieto e não fazer cócegas ao elefante. Deixei a bicharada toda em casa e fui até ao consultório do Doutor Silva. "Ah e tal, doi-me a garganta." Ele cofiou a barba, olhou-me nos olhos, coçou a ponta do nariz, olhou-me outra vez nos olhos, mandou-me um beijo enquanto sorria de forma sedutora e, por fim, disse: "É capaz de ser uma dor de garganta. Vou receitar-lhe um xarope para a dor de garganta." Pegou numa das 234534 canetas que tinha na mesa e começou a escrever na folha de receitas. Eu acho que os médicos deviam trabalhar menos, coitados. Se reparem, andam tão cansados que quando começam a escrever, adormecem. Depois acordam. Depois adormecem. Depois acordam. Depois adormecem. Por isso é que a letra é tão má, é uma espécie de sismograma: linha (quando adormecem)... terramoto (altos e baixos, quando acordam)... linha (adormecem)... terramoto (acordam). Hão-de reparar, depois digam qualquer coisa. Está bem? Porreiro. Vou-me embora, mas antes disso, tenho mesmo de pedir para começarem a aparecer minimamente apresentáveis. Ainda não perceberam que os fatos de treino verdes e/ou roxos já não se usam? Sinceramente, prefiro que apareçam nus. Não, estava a brincar, quietinhos. Voltem lá a vestir a roupa, que ainda se constipam ou ficam com dores de garganta. Menos a moça jeitosa, essa pode continuar sem roupa, não me importo. Vou caçar gambozinos com a Heidi Klum, até ao dia em que me apetecer.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bora para o Egipto?

Olhem para a direita. Vá, olhem lá. Não, a outra direita... Isso. Agora metam a mão esquerda na testa e digam "hemorróidas" enquanto tiram macacos com o indicador da mão direita. Pronto, agora que já fizeram figuras tristes, podemos começar. Eu quero ir passar férias ao Egipto. A sério. É um país que tive sempre debaixo de olho, mas agora tem vários bónus no pacote de viagem. Ora reparem: se estiverem entediados, sempre podem ir à janela ver as batalhas entre a população, com direito a espancamento até à morte dos mais malandros e tudo; banda sonora única, incluindo tiros, gritos e alarmes; respirar fumo; no caso de fazer frio, o que não vão faltar são carros a arder. (Adriana, já lhe disse para esperar, deixe-me só acabar de esfolar este gato e já lhe vou fazer companhia. Olhó gajo, já há algum tempo que não aparecias. Infelizmente, vou ter de te fechar, porque se te mantivesse aberto, vinha um egípcio e matava-te à pancada. Eh lá, vem aí um, foge!). O quê? Acham que é má ideia viajar para lá agora? Ainda há uns dias me diziam que era uma viagem de sonho...Vocês fazem-me lembrar um certo treinador de uma certa equipa de futebol de uma certa faculdade onde joga um certo jogador que refila quando faço, mas também quando não faço. "Vá pessoal, abrandem um bocado para ficarem mais espaçados, estão muito juntos." Ao fim de 2 segundos, "F$/#$=%$ Tiago, tás a correr devagar porquê?! Depois queres ser titular!" Enfim, bipolaridade é lixada. Por falar em não compreender a cabeça de algumas pessoas, existem apenas duas que não consigo entender: o mister referido atrás e a mulher. Aliás, a Mulher, estou a falar de todas as mulheres. O cérebro da mulher é tão complexo que nem com uma taça de chocapic no estômago consigo perceber. Nem me vou dar ao trabalho de falar de como são complicadas nos assuntos amorosos, porque constatar o óbvio não é comigo. Segundo o estudo de um (ou mais, não sei, já estava bêbedo na altura) engenheiro da Energia e do Ambiente (sim, este curso existe... Deve ser tão fácil que se faz com uma perna às costas, sem cálculos nem física), as mulheres têm certos hábitos que são, no mínimo estranhos. Destaco dois: pôr a mesa e guardar as canetas no estojo. (Calma, não são estes os hábitos estranhos. Irra, sempre a interromper. Eu sei que tinham saudades dos parêntesis, mas já chega.) Quando põem a mesa, depois de levar duas lambadas bem arrefinfadas do marido/namorado/pai/filho/sobrinho/neto/amigo/vizinho/mendigo-que-gentilmente-trouxe-para-casa-para-o-alimentar (somos os maiores), colocam primeiro o prato, depois o garfo, de seguida o guardanapo e, só no fim, a faca e o copo. E não pode ser de outra maneira, senão desatam aos gritinhos histéricos. "Ai! O garfo não pode ficar para último, senão a comida vai dar azia!" Vá, se calhar estou a exagerar um bocadinho, mas é de facto a ordem que a maioria das senhoras usa para pôr a mesa. Outro hábito estranho é colocarem as canetas com as tampas/pontas viradas para o lado que fecho do estojo abre. Hum... Porquê?! Para tirarem os apontamentos na aula 3,5235432432 milésimos de segundo mais rápido do que eu?! "Ai, deixa-me cá arrumar as canetas todas para este lado, assim não perco tempo nenhum a virá-la na minha mão!" Suas malucas. Vá, a Adriana Lima não se cala e, como é óbvio, não se deixa pessoas feias à espera. Olha, agora é que percebo porque é que me deixam sempre a apanhar grandes secas. Beijinhos no vosso lado egípcio.