quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Só me lembrei do título agora...

   Ora deixa cá ver... Hum... Ah, olá! Estão bons? Pois. Não se preocupem, vou-me já embora, vim só buscar uma peça de fruta. Ouviram falar daquele sujeito do Governo que nos facilitou a vida e aliviou os impostos? Eu também não.
   É engraçado, não é? Ah, esperem isto só se pergunta depois de contar a história. Estou com o horário de Tokyo, já vos contei mas vocês ainda não acordaram para a ouvirem. Sim, porque o meu blog é muito avançado, nem precisam de ler, basta ouvirem. Liguem as colunas, eu espero. Já está? Pronto, agora que fizeram figura de ursos da Sibéria, podemos continuar. 
   Como é sabido de todos vós, incluindo as pessoas que estão de pijama, atravessamos um grande momento em termos económicos e sociais e políticos e futebolísticos e de sanidade mental (na verdade, este último ponto é relativamente à minha linda e maravilhosa pessoa. Já não fazia um parêntesis há bué de tempo. Penso que não fazia desde o último que fiz. Fogo, como é possível haver tanto QI numa só pessoa...) e, por isso, andamos muito contentes com tanto dinheiro nos bolsos. Hum, acho que vou levar uma maçã, ou um pêro, como dizem os senhores cujas pensões estão a ser cortadas assim como quem não quer a coisa. Continuando, que tenho um guisado de guaxinim a fazer e não tenho muito tempo.  Na minha faculdade há muitos sítios para estacionar o meu Ferrari mas, como este país é do... Bolas, não posso dizer asneiras. É daquela coisa para a qual o povo manda a classe política e rima com baralho (e não é orvalho, que isso também é ser mau... "Ah vai po orvalho!" Não, não podemos mandar para aí, senão ainda levamos a resposta "E você vá pa geada!" Foi seca, não foi? Derretam-na no microondas que fica logo molhada.) e, como tal, todos os locais de estacionamento estão com aquela coisa que temos de meter a moeda para podermos estacionar o carro. A sorte é que este fica à chuva/sol/granizo e exactamente no mesmo sítio que ficava antes da EMEL se ter apoderado do território, compensa mesmo pagar o parquímetro! "Ah Tiago, não sejas assim, podias estacionar dentro da faculdade!" Epa, deixem-se disso, estão a querer ensinar um velho de 22 anos que sabe tudo da vida? Quando entrei para o primeiro ano, só os docentes, funcionários e  alunos em mestrado é que podiam pagar uma anuidade e estacionar dentro da faculdade. Agora que cheguei a mestrado, só os alunos em doutoramento é que podem. Daqui a bocado só o Relvas é que pode, visto que o grau de ensino dele é o mais alto de todos, é o chamado "grau de curso fantasma". MAS. Mas. Mas, como também é normal neste belo país à beira-mar arruinado, há sempre falhas no sistema (que ainda é windows 95). Hum, se calhar levo antes uma nectarina. Desculpem. Não digam a ninguém, mas há uma rua que a EMEL se esqueceu de colocar a bandeira de conquista, e é aí que ainda estaciono. O problema é que está sempre lá um sujeito a "ajudar-me" a arrumar o carro. Sim, porque quando eu desligo o carro é que ele começa a fazer os gestos e a dizer "destroce tudo, podes vir!" Enfim. Como eu sou boa pessoa e conduzo um ferrari, tiro a carteira do meu fato "inserir-marca-cara-de-fatos-porque-não-conheço-nenhuma-de-tão-rico-que-sou" e dou-lhe uma lembrança, só para ele poder ir comprar os livros em que é viciado. Costumo dar uma nota de 100 euros, só para não dar menos que as outras pessoas. A parte estúpida, e a razão de eu escrever este post (porque o resto do texto não é estúpido), é que, quando lhe entrego a nota, digo "obrigado" em vez de dizer "bom dia". Nos primeiros dias ele ficava com cara de "tu bates ainda pior do que eu", mas com o tempo habituou-se. Devem ser os livros que lhe andam a lixar a cabeça e o fígado. Bem, o forno já apitou, eu já escolhi a peça de fruta (uma melancia, só para não comer uma coisa grande antes do guisado), e vocês já perderam x minutos da vossa vida a ler isto (em que x é inversamente proporcional à vossa capacidade de coiso e tal, cenas ao quadrado). Beijinhos a todos os que não leram isto e cuidado com aquele sujeito que vai lá mas afinal fica porque indo acaba por coiso e não há condições para que se execute a cena.