quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Queria curto dos lados e maior em cima, por favor. Olha um hipopótamo a voar!

Outra vez a bisbilhotarem por aqui? Que gente tão chata. Não, voltem, peço desculpa! Não quero perder os meus dois leitores e três quartos (não são quartos de hotel, que com a crise e por causa do Sócrates não há dinheiro para isso. Hã? Não é o Sócrates que está no Governo? Que piada, só falta dizerem que é o Passos Lebre, ou o Sou-meio-careca-mas-faço-risco-ao-lado-e-uso-camisas-desabotoadas-até-ao-umbigo-apesar-de-já-ter-idade-para-ter-juizo...)! Vá, querem falar sobre o quê? Nada? Dou-vos três lamparinas que até vos corto o cabelo à chapada... Por falar nisso, vou-vos contar uma história:
Era uma vez um gato maltez, tocava piano e... morreu de ataque epiléptico. Menos, Tiago, menos. Estava eu a colher abóboras da árvore que tenho no terraço, quando de repente um hipopótamo aterrou suavemente a meu lado. "Olá Tiago, tudo bem?" Eu estranhei aquilo, porque pensava que os hipopótamos não falavam português, mas pronto, aprende-se uma coisa nova todos os dias. "Está tudo, e contigo? Porque é que vieste a voar? Podias ter vindo de escadas, ou de elevador...". Ele deve ter ficado ofendido com o facto de me ter esquecido que não podia ter vindo de elevador porque estava avariado e não podia vir de escadas porque tinha medo da vizinha do 2º esquerdo, porque virou-se de costas e deu uma valente flatulência (em português corrente, um peido do caral**) mesmo na minha cara... Até o lábio superior colou-se à nuca com a velocidade do vento vindo do seu canal expelatório (o blogger sublinhou esta palavra, portanto sou capaz de a ter inventado) e o meu cabelo ficou todo de pé (não é que estivesse deitado, mas vocês entendem, com 3 noites de estudo intensivo). "Oh Tiago, já cortavas esse cabelo", disse o bicho, depois de morrer quatro vezes e meia a rir-se. "O meu pai não está cá e a cabeleireira está de férias...", expliquei. "Ah... Então porque é que não cortas sozinho?" Que grande ideia que o Anacleto (dei-lhe este nome, que também foi sublinhado pelo blogger. Espera lá, até a palavra blogger é sublinhada... INCEPTION!!! Di Caprio, anda cá ver isto! Porra, também sublinhou Di Caprio... Só por causa disso, vai sublinhar esta de certeza: dfweofhwodihfasodjfaiosjdfowidjaiodsf) me deu. Dei-lhe um pacote de pipocas para ele comer pelo caminho, despedi-me dele com um linguado com batatas cozidas e desci até ao meu andar.
Peguei na máquina de cortar o cabelo e disse para o meu amigo imaginário: "Das 10 vezes que já cortei sozinho, correram todas mal. Portanto, acho que devo tentar mais uma vez." Ah, o pente dá máquina está partido dos dois lados, ou seja, um pequeno deslize e o pente zero entra em acção. Quão difícil pode ser cortar o cabelo sozinho com uma máquina toda avariada do juízo? Primeiros dois minutos correram às 999 maravilhas. Comecei a ganhar confiança, ia ser super fácil. Que erro fui eu cometer, sentir confiança... Záááás, pente zero entra em acção e fez um corte rapado de 10 centímetros. "§£#$"%%$#, já sabia que ia correr mal!" Resultado: pente zero na cabeça toda (fiquei, literalmente, careca), um berro da minha mãe a dizer que fiz de propósito e que assim pareço um maluco do Júlio de Matos e um Nazi, e 2 horas de gozo do meu amigo imaginário. Nunca mais corto sozinho, nem que fique 25 anos sem cortar.
Moral da história: não ligar ao que os hipopótamos dizem. Até à próxima vez que me lembrar de cortar o cabelo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

God save the Queen!

Bem, já não vos dizia nada há algum tempo. Salvo erro, desde ontem... Tinha dito que não punha aqui as patas de boi da Somália enquanto não tivesse inspiração. E perguntam vocês: "Já tens inspiração?" Para já, não se fala de boca cheia, que eu bem vi esses chocapics a voar. E, respondendo à vossa pergunta, não, não tenho inspiração. "Ah... Então porque é que estás a escrever?" É simples, o meu público (que é constituído por 3,6 pessoas) divide-se em dois grupos: os que são analfabetos e que "lêem" isto a pensar que são textos a explicar porque é que a escova de dentes tem 412 filamentos (podem contar, vão ver que não me enganei); e os que estão no ensino básico/secundário e que, por não lerem nenhum dos livros do Plano Nacional de Leitura, tenho se ser eu a fazê-los ler qualquer coisa. Se bem que custa menos ler Os Maias do que as idiotices que eu escrevo. Bom, adiante.
Não é bem "adiante" que eu devia ter dito, porque aquilo que vou falar é mais uma regressão do que outra coisa... Então não é que um dos países mais civilizados do mundo, segundo eles próprios, está em clima de guerra civil? "Ih Tiago, que exagero!" Todos os leitores de camisola azul, rua, adeus! Não repararam que escrevi com letra minúscula, hum? Vamos lá a ver se temos o burro nas couves... Fiquei estupefacto quando acordei às 20h, liguei a televisão a preto e branco que tenho na cave onde tortu... onde durmo de vez em quando, e deparei-me com um prédio a arder em pleno solo inglês. Primeiro lavei os olhos com ácido sulfúrico que tinha por acaso na mesinha de tortur... de cabeceira, para ter a certeza que estava acordado, mas acabei por ver que era mesmo verdade. Depois disso, vi um jovem sentado no chão, a sangrar da cara (de tão feio que era) rodeado de um grupo de jovens do género do que tenho aqui na mesa de tortu... aliás, que está aqui ao meu lado a jogar monopólio com um frigorífico. A certa altura, o rapaz levanta-se e os rufias fingem que o vão ajudar enquanto aproveitam para lhe tirarem tudo o que ele tinha de valor na mochila. Eu acho que foi um acto de misericórdia, não é? O rapaz estava aleijado, porque provavelmente tinha ido a correr contra a parede para ver se o efeito pega-monstro era realidade ou mito, e eles só estavam a aliviar-lhe o peso nas costas... Vá, agora a falar a sério (yeah right), a polícia e o Governo de lá são todos uns atadinhos... A verem os gangs a destruir tudo mesmo à sua frente... Se eu fosse o Cameron (e não estou a falar do realizador, porque nesse caso aproveitaria para gravar tudo e fazia um filme que renderia 3,6 gaziliões de triliões de quaquiliões de biliões de milhões de mil oraciomilhões de watafuckiliões de jáchegamilhões de talvezaindapossocontinuardurantemaisumbocadoriliões de vájáestáafartariliões de euros) pegava em todos os elefantes e rinocerontes que tivesse na arrecadação e largava-os pelas ruas inglesas. Aí é que os gangsters iam partir coisas, mas não eram montras nem carros, eram os seus ossinhos. Tiago a primeiro-ministro inglês? Of course, because I falai-te very naice o ingliche end I nou au tu stop the criminousus... Bem, vou só num instante a Londres e já volto, não saiam daqui, está bem? Isso.