Olhem para a direita. Vá, olhem lá. Não, a outra direita... Isso. Agora metam a mão esquerda na testa e digam "hemorróidas" enquanto tiram macacos com o indicador da mão direita. Pronto, agora que já fizeram figuras tristes, podemos começar. Eu quero ir passar férias ao Egipto. A sério. É um país que tive sempre debaixo de olho, mas agora tem vários bónus no pacote de viagem. Ora reparem: se estiverem entediados, sempre podem ir à janela ver as batalhas entre a população, com direito a espancamento até à morte dos mais malandros e tudo; banda sonora única, incluindo tiros, gritos e alarmes; respirar fumo; no caso de fazer frio, o que não vão faltar são carros a arder. (Adriana, já lhe disse para esperar, deixe-me só acabar de esfolar este gato e já lhe vou fazer companhia. Olhó gajo, já há algum tempo que não aparecias. Infelizmente, vou ter de te fechar, porque se te mantivesse aberto, vinha um egípcio e matava-te à pancada. Eh lá, vem aí um, foge!). O quê? Acham que é má ideia viajar para lá agora? Ainda há uns dias me diziam que era uma viagem de sonho...Vocês fazem-me lembrar um certo treinador de uma certa equipa de futebol de uma certa faculdade onde joga um certo jogador que refila quando faço, mas também quando não faço. "Vá pessoal, abrandem um bocado para ficarem mais espaçados, estão muito juntos." Ao fim de 2 segundos, "F$/#$=%$ Tiago, tás a correr devagar porquê?! Depois queres ser titular!" Enfim, bipolaridade é lixada. Por falar em não compreender a cabeça de algumas pessoas, existem apenas duas que não consigo entender: o mister referido atrás e a mulher. Aliás, a Mulher, estou a falar de todas as mulheres. O cérebro da mulher é tão complexo que nem com uma taça de chocapic no estômago consigo perceber. Nem me vou dar ao trabalho de falar de como são complicadas nos assuntos amorosos, porque constatar o óbvio não é comigo. Segundo o estudo de um (ou mais, não sei, já estava bêbedo na altura) engenheiro da Energia e do Ambiente (sim, este curso existe... Deve ser tão fácil que se faz com uma perna às costas, sem cálculos nem física), as mulheres têm certos hábitos que são, no mínimo estranhos. Destaco dois: pôr a mesa e guardar as canetas no estojo. (Calma, não são estes os hábitos estranhos. Irra, sempre a interromper. Eu sei que tinham saudades dos parêntesis, mas já chega.) Quando põem a mesa, depois de levar duas lambadas bem arrefinfadas do marido/namorado/pai/filho/sobrinho/neto/amigo/vizinho/mendigo-que-gentilmente-trouxe-para-casa-para-o-alimentar (somos os maiores), colocam primeiro o prato, depois o garfo, de seguida o guardanapo e, só no fim, a faca e o copo. E não pode ser de outra maneira, senão desatam aos gritinhos histéricos. "Ai! O garfo não pode ficar para último, senão a comida vai dar azia!" Vá, se calhar estou a exagerar um bocadinho, mas é de facto a ordem que a maioria das senhoras usa para pôr a mesa. Outro hábito estranho é colocarem as canetas com as tampas/pontas viradas para o lado que fecho do estojo abre. Hum... Porquê?! Para tirarem os apontamentos na aula 3,5235432432 milésimos de segundo mais rápido do que eu?! "Ai, deixa-me cá arrumar as canetas todas para este lado, assim não perco tempo nenhum a virá-la na minha mão!" Suas malucas. Vá, a Adriana Lima não se cala e, como é óbvio, não se deixa pessoas feias à espera. Olha, agora é que percebo porque é que me deixam sempre a apanhar grandes secas. Beijinhos no vosso lado egípcio.
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