sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olha a castanha assada!

Ora vamos lá a saber, quem é que arrotou? Está-me a cheirar a chouriço, portanto não digam que não vos cheira a nada. Ah, e também não vale a pena dizerem que não comeram chouriço mas sim bife, porque o arroto sai igual. Eu sei, bela maneira de começar a nossa conversa. Bastante romântica. Vocês também aparecem-me com um sapato de cada nação e eu não me queixo, só me pescoço. Que piada tão fraquita, deve ser dos tempos de crise. Sou mesmo bom a introduzir os temas dos textos porque, falando em crise, vou dissertar acerca de maquilhagem de morcegos. Não, estou a brincar convosco. Ia eu no outro dia, aquele antes do dia em que três de vocês pisaram cocó de cão, a passear o meu grilo de estimação, quando passei por um vendedor de castanhas. Não é que o tempo estivesse muito propício para as comprar, mas diz que este ano a castanha veio mais cedo por causa dos ventos solares e tal, de maneira que é assim. Já me perdi. Ah, já me encontrei. O dito vendedor tinha uma placa com os preços. Não sei como vos contar isto... Bem, tenho de ser forte, tenho de conseguir... A placa continha duas frases. A primeira era " Meia-dúzia: 1 euro". Até aqui, tudo bem, esquecendo a parte em que está a pedir 200 paus por 6 castanhas. Contando que uma tem bicho, duas estão cruas e uma outra cai ao chão, sai a 100 escudos cada uma. Adiante. A segunda frase era " 1 dúzia..." e tentem adivinhar o preço. Será que o desconto, por ser maior quantidade, é muito grande, tipo "1 dúzia: 1,5 euros?" ou 1,75? O que acham? Nada disso, nada disso. "1 dúzia: 2 euros". A SÉRIO? Então se eu quiser duas dúzias, quanto é que será? O melhor é perguntar ao homem, porque não faço ideia de quanto poderá ser. É mesmo à Zé da tasca, dá vontade de ir lá e perguntar "Quanto custam duas dúzias? E três? E quatro? E vinte e sete e três quartos, menos raiz de nove, tudo a dividir por dois?" Faz lembrar um restaurante em Setúbal, por volta das 12h o dono escreveu no placard "Há chocos". Ao fim de duas horas, em vez de apagar a frase e remover o placard, acrescentou uma palavra e ficou "Não há chocos". Realmente, ainda bem que avisou mas esqueceu-se de informar que também não havia bife de boi almiscarado nem ranho de bode da Sibéria. Que coisinhas inteligentes, têm um QI equivalente ao de uma pedra do Burundi, mas daquelas mesmo, mesmo, mesmo ignorantes. Por falar em gente burra, vou ver o Sócrates a discursar. Adeus, e até um dia destes, desde que não voltem a aparecer com esse penteado.

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