sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um chimpanzé pode tirar gorilas do nariz?

Estava eu a tirar pipocas do nariz e a comer macacos enquanto via as notícias, quando me deparei com a seguinte: "Cavaco Silva interrompe férias para tratar dos fogos." Bom, ou é da mente parva do Engenheiro que estava ao meu lado, ou então não sei, mas a primeira ideia que vem à cabeça é o senhor Aníbal a pegar na senhora Primeira-Dama pelos tornozelos e a usá-la como se fosse um ramo de árvore, batendo com a sua cabeça no fogo. "Xô fogo, xô! Feio! Assim já não leva Wiskis saquetas! Bla bla bla bla" (a parte do "bla bla bla" não é por causa da piada do anúncio, mas sim porque a partir duma certa altura do discurso do Presidente o meu cérebro processa apenas isso. O quê? Outro parêntesis logo no princípio? Estou cada vez melhor, daqui a dois meses tenho de pagar 25% de IVA só por causa dos parêntesis. Sim, porque pelo andar da carruagem esse vai ser o valor do IVA daqui a pouco tempo. Posso fechar agora? Obrigado, finalmente posso fechar a boca. Estou à espera desde ontem com a boca aberta quando a minha mãe me estava a fazer um avião com uma garfada de arroz e foi atender o telemóvel. Ufa, já tinha cãimbras nos maxilares. Agora a sério, vou fechar. Viram? Fechei. Ainda não viram? Pois, isto agora é por satélite, está um bocado atrasado, deve estar quase.) Outra coisa interessante e que até está relacionada com os incêndios é a quantidade de água que se gasta. Senhores incendiários, vamos lá a ver se a gente se entende: para além dos milhares de hectares de floresta que destroem, as casas de pessoas que levaram uma vida inteira a construir e sustentar, as plantações que são a única maneira de subsistência de muitas famílias, ainda nos fazem gastar água. É que vocês devem pensar que a água cai do céu, de certeza! "Hum, Tiago... A água cai mesmo do céu..." Claro, e o Pai Natal também... Vão chatear o vosso primo Horácio, aquele que tem as unhas dos pés tão encaracoladas que confunde-se os pés com os sapatos do Aladino. Devem achar que eu nasci ontem, essa é boa! A água cai do céu... Esperem lá, realmente é verdade... É melhor mudar de tema, que acabei de fazer uma figura de urso ainda pior do que o normal. Por falar em urso, outro dia à conversa com uma amiga de longa data (devemos conhecer-nos há... Não nos conhecemos, é engraçado. Mas o prometido é devido, deve ser a única leitora assídua do meu blog, para além daqueles que são teimosos e dizem "Não perca o seu tempo com isto? Só por essa, vou ler este texto todo! É pena não ter bonecos, sempre era menos enfadonho."), iniciou-se uma argumentação acerca de um gorila e de um chimpanzé. Eu pergunto: o que será melhor? Um animal forte e grande mas, por causa da mãe natureza e da fast-food, é lento, ou um animal pequeno, não tão forte, mas ágil, que nos escorrega entre as mãos porque se besunta todas as manhãs e às quartas à tarde com manteiga de iaque? É que o grande pode tentar dar 247 murros na cabeça do pequeno, mas o fedelho pode fugir sempre. "Ah, então é melhor ser pequeno e ágil." Calma, que falta um pequeno pormenor: basta uma berlaitada bem arrefinfada pelo grande que o pequeno vai dar beijinhos ao Mickael Jackson. Ops, isto ficou um bocado a puxar para a realidade nos dois sentidos. Cortem esta parte. Na minha singela (e suprema, quem manda aqui sou eu, enquanto os meus pais e o meu gato não descobrirem que faço estes textos. Hoje estou a abusar nos parêntesis, deve ser por estar naqueles dias.), acho que mais vale ser pequeno, esperto e ágil e conseguir safar-me quase sempre do que ser uma coisa enorme mas muito trapalhona dos movimentos que de vez em quando consegue o que quer. O que é que quis dizer com isto? Não faço ideia, mas deve ser algo do género de David e o Golias. Nunca se deixem intimidar na vida pelas situações que parecem grandes demais para arcarmos nos ombros. Isso e as mochilas dos escuteiros, porque apesar de andarem de meia até ao joelho com a jarreteira a dar ao vento, carregam mochilas bem mais pesadas do que eu. Se bem que o meu peso não prova que as mochilas são pesadas. Beijinhos na terceira pedra da quinta fila da calçada da esquina da Rua do Carmo com a Rua Garret.

2 comentários:

  1. Apesar da imagem pejorativa que vossa excelência deixou sobre o Engenheiro, penso que tal individuo parece mesmo carecer de consistência cerebral. Tens que me apresentá-lo...

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