domingo, 1 de agosto de 2010

Eh Ti Manel!

Ainda ontem um dos muitos jornalistas que me perseguem a toda a hora perguntou-me como é que consigo escrever com tanta frequência. É fácil, ou acham que é difícil escrever coisas idiotas e sem sentido? Até o Cristiano Ronaldo é capaz disso. Pensando bem, só quando está no Real Madrid, porque na Selecção diz para perguntar o que quer que seja ao Carlos Queiroz. Já este grande treinador não consegue articular uma frase sem recorrer ao uso da expressão "aaah" para ganhar tempo. Ou então é apenas por ser burro que nem uma bota da tropa no que toca ao futebol, porque acredito que seja muito bom a Geometria, senão não o tratavam por "Professor". "Ó Tiago, se vais falar de futebol, vamo-nos já embora!" Fiquem comigo, meus lindos, porque não vou falar disso. Vou antes abordar um tema que toda a gente gosta: patinagem artística. Lá estou eu a meter-me convosco. Agora a sério. Já experimentaram passar pelas aldeias do interior do país (para mim, de Mafra para cima já é interior, apesar de haver litoral na mesma. Não me interessa, o blog é meu, por isso digo o que quiser. Se me apetecer, até posso dizer que os Estados Unidos metem-se em tudo e acabam por levar na bilha. Esperem lá, por acaso isto é verdade. Cortem esta última parte. Não dá?! É em directo? Ora bolas. E o parêntesis, posso fechar? Obrigado.) e meter conversa com a velharia que está sempre sentada à porta de casa, ou ao lado das fontes, ou no café? Primeiro, tento sempre a minha sorte chamando aos senhores "Ti Manel" e às senhoras "Ti Jaquina". Costuma correr bem. Depois, se quiser saber o caminho para algum sítio, pergunto sempre aos grupinhos, para vê-los a discutir e cada um a dizer qual é o melhor trajecto. Está-se mesmo a ver que no fim fico a saber ainda menos do que aquilo que sabia antes de perguntar e acabo por ir dar a vossa casa. Sim, que eu sei que vocês moram em cabanas isoladas nos montes, ligadas por túneis, e fazem sabe-Deus-o-quê uns com os outros. Pois, agora negam, mas daquela vez agarraram-me, arrastaram-se até uma das vossas casas, amarraram-me e fizeram-me coceguinhas durante quatro horas. E, por último, puxo conversa cujos temas se resumem a política, futebol e moças jeitosas. Na política, insultam todos, até os das suas ideologias. No futebol, começam á pancada uns com os outros e acabam por concluir que a melhor equipa é a lá da aldeia, que joga no recinto dos bombeiros aos domingos à tarde. Quando começam a falar das moças, ou adormecem, ou têm enfartes. E é aí que lhes roubo os cheques das enormes reformas que têm e venho-me embora, até me perder com as indicações que me deram e sou apanhado por vocês naquela estrada onde está aquele pinheiro. Não é o pinheiro ao lado do outro pinheiro, esse não fica aí. Bem, vou regar com o meu chichi o pinheiro que raptei no outro dia. Beijinhos na nuca.

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