segunda-feira, 2 de agosto de 2010

We all live in yellow submarine!

Pois é, caros ouvintes. Ora bolas, vocês não são ouvintes, são leitores. Ainda por cima dos fraquitos, ainda precisam de usar o dedo para não se perderem no texto e lêem silaba a sílaba. A sorte é que algumas leitoras das minhas parvoíces são moças bastante bem parecidas, e então vão safar-se na vida profissional na mesma. Bom, vamos ao que (não) interessa. Como todos devem ter visto nas notícias, ou ouviram o Zé da tasca contar, o nosso poderoso país vai receber nos próximos dois anos, não um, não três, não vinte e sete, mas sim dois submarinos, pela módica quantida de 513 milhões de euros cada um. Nesta altura, há três possibilidades de opinião do povo: "Acho muito bem, apesar de ser um grande investimento, nunca se sabe o dia de amanhã. Os submarinos são essenciais para um estado de guerra."; "Pelo amor de Deus, para que é que queremos os submarinos? Que desperdício de dinheiro! Não os vamos usar porque ninguém sabe que o nosso país existe e muito menos iriam entrar em guerra connosco!"; "Quero lá saber, desde que os subsídios para ficar em casa a coçar o dedo mindinho do pé esquerdo continuem a cair-me na conta, eles que comprem o que quiserem.". Agora vocês perguntam: "Tiago, qual é a tua opinião?"... Perguntem em voz alta, com mil raios, que assim não vos oiço! Agora já ouvi, menos aquele fulano que está entretido a limpar o salão à frente de toda a gente. Pois, a minha opinião é... Não tenho opinião formada. Por um lado, é um grande investimento, talvez desnecessário nesta altura tão má em que nos encontramos. Se fosse lá mais para o Inverno, acho que seria melhor, porque já ninguém ia gastar nos aparelhos de ar-condicionado e sempre sobrava algum para ir ali ao Freeport e comprar um submarino a preço outlet. Outra questão que me atormenta é se haverá tripulação da Marinha Portuguesa que saiba trabalhar bem com os bichos. É que quando uma pessoa não sabe conduzir um automóvel ligeiro, tem aulas de condução com um automóvel ligeiro e, quando adquire a carta de condução, normalmente arranja um carro baratinho para poder espetar-se a toda a hora sem doer muito no bolso, para que mais tarde possa conduzir sem estragar o Mercedes que o papá tem reservado para o menino. Calculo que com os submarinos, não será bem assim. Vão passar dos velhos, que tiveram de ser deixados de usar por motivos de segurança devido ao estado de degradação, para os topo de gama. Um submarino é sempre um submarino, mas como em tudo na vida, não há dois submarinos iguais. Por isso, peço à Marinha Portuguesa, com todo o respeito, que ordene o afundamento de todas as ilhas desde o Cabo da Roca até ao continente americano para ter espaço de manobra para treinar a tripulação com as máquinas novas. E nada de fazerem corridas como na Ponte Vasco da Gama, senão levam multa. Por outro lado (sim, só agora é que acabei a parte do "por um lado", seus morcegos do Burundi), acho desnecessário ter dois submarinos no valor conjunto de mais de mil milhões de euros (1.000.000.000 euros) enquanto há pessoas neste país que têm de fazer esforços herculeanos para não passar fome. E há quem passe, infelizmente. Isto deve ter sido a única coisa séria que escrevi neste antro de parvoíce. Por falar na vossa melhor característica, e em jeito de despedida, queria dizer duas coisas acerca do concurso de moda que dá na SIC. A primeira é que há pessoas que, ou vão ao concurso na desportiva e no gozo, ou então os espelhos lá em casa só servem para ver se o cotão no umbigo já mudou de cor. A outra coisa que quero dizer, não quero dizer. Confuso? Não, é simples. Não quero dizer, mas sim apelar. Peço à senhora Fátima Lopes, que é uma grande estilista como toda a gente sabe, que arranje melhores maneiras de dizer que as raparigas não têm as medidas que ela procura numa modelo. É que ao dizer a uma moça de 16 anos com 1,80m e 55kg que tem as ancas muito largas e o rabo muito grande, a única coisa que vai conseguir é que a jovem entre em depressão e deixe de comer. Olha, disse outra coisa séria. Vocês devem estar a pensar porque raio é que eu vi esse programa, ao Domingo à noite. Três razões: O Bruno Nogueira está de férias, o comando ficou sem pilhas e moçoilas de biquini. Talvez por outra ordem. Beijinhos nas vossas bolinhas de cotão fofinhas.

2 comentários:

  1. Brilhante ó senhor Tiago, se todos pensássemos assim.....o País seria mais "engraçadamente" simples x)

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  2. Pensar até pensamos, o pior é que nenhum de nós consegue chegar a cargos politicos para mudar as coisas xD

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