sábado, 4 de dezembro de 2010

Viva o calor!

Epa, que calor! Acabei de chegar da praia, passei a maioria do dia dentro de água porque não estava mesmo a aguentar as temperaturas altas. Deixem-me só ligar o ar condicionado para refrescar a casa e já venho falar com vocês, suas coisas feias. Estou de volta. Oh lá, esqueci-me de pôr as cervejas na arca para estarem fresquinhas, já volto. Agora fico aqui, definitivamente. Juro. Com o calor que está, não me dá vontade de fazer mais nada, fico meio morto. Digam-me, como é que aguentam este calor? Sim, que eu bem vejo essas faces rosadinhas e a transpiração a correr a partir da testa. O que é que estão a dizer? Digam mais alto, não vos consigo ouvir. Vá, agora com uma voz humana, que esse grunhido de boi-almiscarado não serve. Ah, assim está bem. Estão a dizer que está frio? Não acredito. Aconselho-vos a usar roupa fresca, a ingerir muitos líquidos e a evitar andar na rua entre as 12h e as 16h. O quê? Está frio 24 horas por dia? Vocês não vivem em Moçambique? Não? Então está tudo explicado, eu vivo. Está um calor de morte, não estão bem a ver. A sorte é que aí em Portugal as temperaturas são amenas, de certeza que estão a passar um fim de Outono bem agradável. Por falar em coisas agradáveis, daqui a uma hora vou a um funeral. Lá estou eu a meter-me convosco. Caso não tenham reparado, quando entro numa carruagem do metro, Deus aumenta-me instantaneamente de tamanho, ficando perto dos 2 metros. Até aqui, tudo bem, para além de a maioria das pessoas ficar a dar-me pelo peito. O problema é que estou sempre a bater com a cabeça nas pegas penduradas no tecto, e não só. Este "não só" deixo para darem largas à imaginação e mandarem as sugestões para casa do Jorge Jesus. No outro dia, quando preparava-me para sair na estação seguinte, levantei-me devagarinho e com muito cuidado para não bater com a cabeça numa das pegas. Ao fazer esse movimento lento, toda a carruagem ficou com os olhos mim, só para pôr pressão. O metro deu um solavanco e eu, pois claro, bati com a nuca numa outra pega. Envergonhado, tentei sair dali o mais depressa possível, mas acabei por dar outra cabeçada na pega que inicialmente estava a tentar evitar. Como é óbvio, todas as pessoas estavam a achar piada ao meu espectáculo deprimente, por isso, como despedida em grande, dei uma última cabeçada na porta. Aposto que houve uma salva de palmas, mas eu já ia a correr escadas abaixo, e como tal não ouvi. Bom, as cervejas já devem estar fresquinhas, portanto, vão lá beber os vossos chás quentes que eu vou apanhar banhos de sol. Beijinhos a todos os que merecem e cuidado com o gelo entre os dedos das mãos.

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